My Love Is Like A Star 09

-Valeu, mãe ¬¬'-eu disse.
-Desculpe, filho.-ela disse.- por que brigaram desta vez?
Aaaa, ela não pode sabeer. Não conta, se controlaa.
-Nada demais, mãe. Já ta tudo bem.
-Hum... ok...
Chegamos no médico e minha mãe foi no balcão me colocar na lista. Esperamos 5 minutos e fui chamado.
-Bom dia.-o Médico nos disse.
-Bom dia.-Eu e minha mãe dissemos.
-Qual o problema, garoto?-Ele perguntou.
-Não consigo dormir...-Respondi.
-E ele disse que acha que está com ataque de asma.-Minha mãe disse, pra piorar.
-Mãe...
-Okay, sem problemas. Venha, sente-se aqui.-O médico me disse, me chamando pra sentar na maca hospitalar.
Sentei.
-Tire a camisa, por favor.-Ela mandou.
Tirei e a coloquei do meu lado. Ele pegou o estetoscópio e colocou sobre meu peito esquerdo e fez 'uhuum' e depois no direito, na costa e na coluna.
-Hum... você me parece bem de respiração. Por que acha que está com asma?
-Estava respirando com dificuldade... tinha que fazer força pra encher os pulmões.
-Hum... ok, só tome este remédio então - ele me deu uma caixinha.- e deite-se um pouco. Quanto ao sono, um psicólogo seria melhor, pois o problema não é corporal, é mental.
-Meu filho tem problema mental?-Minha mãe perguntou, mas não conseguiu esconder a preocupação.
-Não senhora.-O médico disse.-Ele tem algum problema por resolver.
-Ah-Exclamou, com alívio.-Ok, vou levá-lo ao psicólogo. Obrigada.
-De nada.
Saímos de lá, e minha mãe me perguntou:
-Tem problemas, filho? Algum que queira me contar?-Ela me olhou com aquela cara de que não vou conseguir esconder por muito tempo.
-Não mãe.-Falei, o mais normal que pude.
-Justin...
-Não, mãnhee.
-Hum... ok. Vamos ao psicólogo.
Tô... ferrado...
Chegamos ao psicólogo e logo entramos na sala.
-Bom dia.-Ele disse. Eu e minha mãe o cumprimentamos e ele perguntou:-Quem será atendido?
Levantei minha mão, como se fosse escola.
-Ok, criança. Quer com ou sem sua mãe aqui?
Pensei logo em dizer não, mas ela me interrompeu:
-Vou ficar, doutor.
-Senhora, sinto lhe dizer, mas quem escolhe é ele.
Ela bufou e olhou pra mim. Se eu disser sim, ela descobre, se disser não, ela desconfia... me lasquei.
-Não.-Disse.-Acho que ela devia confiar em mim...
Minha mãe fez cara de raiva e saiu, de braços cruzados.
-Me diga filho, você tem algum problema?-Ele pergunta.
-Sim, tenho. Mas minha mãe não pode saber.
-Ok filho, entendo. Muito bem, se sua mãe não pode saber, acho que eu tambem não, certo?
Me senti mal de não contar pra ele, pois ele queria me ajudar, e não contaria pra minha mãe... acho.
-Se eu contar... vai falar pra minha mãe?
-Não, se você não quiser.
-Então conto.
-Ok. Sou todo ouvidos.
Contei-lhe tudo, desde a minha chegada, ver a Melody, até ontem.
-Hum... interessante. Faz isso pra causar ciúmes nessa tal de Melody, é isso?
-Sim, exatamente. Mas Caitlin é sua melhor amiga, e o namorado da Melody é seu irmão... O que faço?
-Bem, primeiro você deveria parar com isso... Não apoio mentiras, mas pra limpar sua barra, acho que poderia dizer que tem algum problema por resolver e terminar com a menina vai resolver. Fique uns dias sem ir ao colégio pra fingir e ao voltar, você diz que o problema foi muito forte, não está pronto pra algo tão intenso...
-Você é um psicólogo e tanto...
-É, obrigado. Mas você é o primeiro cliente à quem recomendo mentir... acho que não seria legal se meu chefe descobrisse.-Ele piscou pra mim.
-Pode deixar, ninguem vai saber.
-Gostei de você, garoto.
-Você tambem é legal. O que digo pra minha mãe?
-Direi à ela o que nescessita. Vou dizer que precisa descansar bastante... ela lhe deixaria faltar, certo?
-Sim, deixaria.
-Garoto...?
-Sim?
-Não se sente mal de mentir pra sua mãe?
... Agora que você falou, né...
-Sim... sinto... mas não posso deixá-la saber... ela nunca mais confiaria em mim...
-Confiaria sim... mas não lhe deixaria em paz.
-Hum...Obrigado, doutor.
-Por nada. Qual seu nome?
-Justin... Justin Bieber.
-Você é um cara legal, Justin... espero batermos na rua.
-Com muito prazer, eu diria.-Sorri.
Ele se levantou e abriu a porta. Minha mãe entrou.
-Então...?-Ela perguntou.
-Justin precisa de descanso por uns dias. A cabeça dele está muito cheia. Mudar de colégio meio que o afetou um pouco... Ele precisa de calma, silêncio e paz por uns dias... sabe, pra ir se acostumando com a ideia.-Disse o doutor.
-Entendo. Então quer que ele falte aula?
-É o melhor à fazer, senhora.
-Por quanto tempo?
-Até ele se julgar melhor. Acho que ele pode ir agora no colégio só para avisar seus novos amigos de sua ausência. Eles ficariam preocupados sendo só por telefone, não, Justin?
-Sim senhor.-Respondi. Olhei pra ele.
-Justin, precisa me dizer mais alguma coisa?
-Preciso.
-Senhora, poderia nos dar liscença mais uma vez?
Mamãe não gostou, mas saiu novamente.
-Sim?-Ele me perguntou.
-Não sei se coneguiria terminar com a Caitlin agora...
-Você só tem essa chance, Justin.
-Sim, eu sei... mas é que ela é tão sensível... e a Mel e o Chris... me matariam...
-Preocupe-se com a Caitlin, não com eles. Saiba que ela é quem vai sofrer mais com a situação... Melody e Christian nem existem nesse caso, entendeu?
-Sim senhor.-Falei, com tristesa.
-Não foi mesmo sua intenção machucar, não é?
-Sim... acho... ah, sou um monstro.-Derramei uma lágrima.
-Não Justin, não pense assim... Muitas pessoas cometem erros terríveis. Já fiz um assacino se entregar, e não será com você que irei falhar.
-Valeu, irmão...
-Podemos chamar sua mãe?
-Não... tenho que limpar o rosto.
-Claro. Tem uma pia aqui.-Ele apontou uma pia de cozinha, na parede direita à quem entra. Levantei, fui até lá, lavei meu rosto, enchugei-o e me sentei novamente.
-Agora estamos prontos?-Perguntou.
-Sim.-Respondi, meio baixo.
Ele chamou minha mãe... mãe é mãe, né, ela percebeu.
-Justin, por que chorou? Você me disse que não tinha problemas.
-E não...-Tentei, mas o doutor me interropeu.
-Ele não tem, senhora. É tudo da cabeça, como já lhe disse.
-Então, por que pediu para eu sair novamente?
-Por que ele pensou que teria algum problema de verdade, que fosse físico, ou contra família e amigos.
-Ham, entendo. Bem, e ele vai ficar legal?
-Como lhe disse, ele precisa do descanso. Acho que uma semana daria certo.
-Uma semana, doutor? São aulas demais.
-Com certesa alguem vai poder passar tudo à ele pelo e-mail, certo, Justin?
-Sim doutor, a Melody.
-Ora Justin, e por que não a Caitlin?-Minha mãe perguntou.
-Por que ela não faz todas as aulas que eu faço... a Mel faz.-Respondi.
-Exatamente todas?
-Sim.
-O pior é que não posso nem suspeitar, né?
-É. Entrei depois de ela criar o horário dela. Não lembra a cara de surpresa que ela fez, no dia que chegamos?
-Oh sim, agora me recordo disso. Tem razão.
-Bem, estamos então decididos?-Perguntou o médico.
-Claro. Obrigado, doutor.-Respondi.
-Sim. Obrigada.-Minha mãe agradeceu.
-Voltem se precisar.-Ele disse.
Saí com minha mãe, e disse:
-Mão, tenho que falar com a Caitlin...
Justin não ligou, nem pra Cait, nem pra mim, nem pro Chris, Chaz, Ryan... Ninguem... o que há com ele?
-Que foi, meu anjo?-Chris me perguntou.
-Ah Chris, estou preocupada com o Juss.-Respondi.
-É, eu tambem. Ele ligou pra você?
-Não. Você?
-Não. Nem pra Cait.
-Falando nela, onde ela está?
-Acho que foi ao banheiro.
-Vou ver.
Entrei no banheiro e vi Caitlin sentada no espaço entre as pias.
-Cait.-Falei.
-Mel...-Ela olhou triste pra mim.
-O que foi?
-Justin não me ligou ainda.
-Nem à mim, nem à Christian.
-E Chaz e Ryan?
-Nem sei onde eles estão, baby. Sinto muito.
-Ah Mel, estou tão preocupaa.-Ela me abraçou, chorando em meus ombros.
-MELODY, CAITLIN, VENHAM LOGO.-Ouvi alguem gritar, entrando no banheiro.
-Selena, que foi?-Perguntei.
-Justin está aí fora. Quer falar conosco. Principalmente com você, Cait.
Os olhos de Caitlinse iluminaram e saímos atráz da Selena. Ao chegar no pátio, todo o pessoal tava lá, fazendo roda em alguem... o Justin.
-JUSTIN.-Eu e Caitlin gritamos e corremos pra abraçá-lo.
-Meninas.-Ele nos abraçou.
-O que houve, Juss? Por que chorou?-Caitlin perguntou.
-Nossa, isso faz tempo, como soube? Espere, nem responda, já sei.
-O que houve, Justin?
-Bem... eu... preciso resolver um baita de um problema psicológico... e vou ficar fora da escola por um tempo.
-O QUE?-Eu e Cait perguntamos. O pessoal fez murmúrios do tipo 'isso não pode ser tão grave'.
-Pode sim, pessoal, pois é.-Justin disse.
-Quanto tempo, Justin?-Perguntei.
-Uma semana, o psicólogo recomendou.
-UMA SEMANA SEM ESTUDOS?
-Eu disse à ele que você poderia me passar os deveres.
-Posso, mas...-Ele me interrompeu.
-Só preciso disso. Agora, quero falar com a Cait... a sós, por favor.
Saímos de lá, mas não deixamos de olhar pra eles. O pessoal voltou para a cantina, mas eu e Chris não descansamos.
-Caitlin...-Eu tentei, mas quase não consigo. Estava de costas pra ela. Ela colocou a mão em meu ombro esquerdo, e perguntou:
-Sim?
-Caitlin... é que... eu não consigo mais suportar essa pressão.
-Que pressão?
-Caitlin, não vou conseguir me resolver, se... se...
-Se... o que, Justin?
-Ah, eu não consigo falar. Eu amo você demais pra isso.-Menti.
-O que, Justin?-Percebi em sua vóz que ela começou à suspeitar que terminaria com ela.
-Caitlin... não conseguirei me resolver... namorando...-Ouvi uma exclamação.
Ah não... Justin não está fazendo isso...
-Essa não...-Falei, sem querer.
-Que foi?-Chris me perguntou.
-Justin tá terminando.
-O que?
-Isso mesmo. Olha lá a cara de tristesa.
-Eles estão de costas.
-Veja os movimentos, então.
-Hã?
-Aquele é um ombro de uma mulher triste. Aquele é o modo de apoio de um homem triste.
Justin estava apoiado no pé direito, com uma mão na cabeça, coçando a nuca, e com os ombros meio agitados ao falar.
-Como sabe?-Chris me perguntou.
-Você e Cait não são os únicos psicólogos aqui.
Chris me estranhou, mas continuou olhando.
-Como disse, Justin?-Ela perguntou.
-Sinto muito, Cait. Eu te amo demais, mas... mas é o que preciso fazer.
-Como assim 'precisa'?
-Você não sabe o que estou passando. É muito complicado. A única pessoa que passou pelo mesmo está morta.
-Quem é?
-Meu bisavô.-Menti.
-Mas... mas Justin... eu não compreendo.
-Eu sei... é muito difícil mesmo. Tentar explicar só lhe confundiria mais.
-Mas...
-Caitlin... por favor, não piore as coisas. Não queria ter que fazer isso... mas meu único comprometimento agora é com a vida. Sinto muito.
Dei-lhe um beijo na testa e um abraço. Então, pedi desculpas novamente, e voltei pra casa...
Justin saiu, Caitlin está parada...
-Oh não... ele o fez.-Disse.
-O que?
-Corre.
Fui até Caitlin correndo. Christian veio à meus calcanhares.
-Caitlin...-Tentei.
-Melody... eu não quero conversar.-E saiu correndo, com as mãos no rosto.
-CAITLIN.-Eu e Christian gritamos, mas ela não voltou.
-Provavelmete foi pra casa. Mais explicitamente chorar no travesseiro.-Chris disse.
-Ah não... O que podemos fazer?
Sei que não podíamos fazer nada... mas eu queria ajudar...
-Vamos... falarei com ela quando voltar pra casa...-Chris me disse.
-Chris, odeio vê-la assim...
-Eu tambem, amor... eu tambem...-Ele me abraçou e eu mesma comecei à chorar.
-Não, você tambem não, Mel.-Ele disse.
-Desculpe Chris *snif* mas...
-Eu sei... eu sei...
Ficamos abraçados ali até o fim das aulas... não voltamos pra nenhuma, e a diretora veio nos chamar.
-O que houve aqui? Melody e Christian? Cabulando aula? Estou totalmente desapontada.
-Senhora... digo, diretora, você não entende...-Tentei, mas estava soluçando demais.
Agora que ela me percebeu chorando.
-Mas o que houve, Melody?
-Éh... é pessoal, diretora...
-Hum, entendo... mas acho que sabe que levarão advertência pra casa hoje, não sabem?
-Sim sabemos.-Chris disse.-Por favor, dê-nos logo elas, pois Melody precisa ir.
-Que elegante, senhor Beadles.
-Obrigado.
Entramos, pegamos o nosso material e as advertências e Chris me deixou em casa...
-Tchau, anjo.-Ele disse.
-Ajuda e Cait, por favor, Chris.
-Claro.-Ele me deu um beijinho rápido e saiu. Entrei em casa e fui pro meu quarto, sem falar com minha mãe.
-Justin, por que Caitlin chorou?-Minha mãe perguntou, ao chegarmos em casa.
-Ah, ela vai ficar com saudades... E está preocupada com esses meus problemas psicológicos.
-Hum, entendo...
Fui pro quarto e me deitei.
Fiquei lá desde às 4 da tarde, até 7 da noite... Ao bater ese horário, desci, comi, e voltei. Adormeci por volta das 10hrs.
...


Mesninas, meu pai tá voltando, tô saindo. Espero que estejam gostando, e POR FAVOR, comentem <3