2 de abr. de 2013

Poderosa 3

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*POV Niall*
-Tudo bem, eu vou dizer...
Anne me olhou na expectativa.
-Anne, eu... eu estou apaixonado à 5 anos por você.
Não precisei ouvi-la para saber o que estava pensando. "Como assim? O que? Seu bobo, por que não me disse?" e essas coisas. Mas consegui fazer a leitura labial de três palavras.
"Você... o que?"
-Eu sei, eu acho que eu deveria ter dito antes, desculpa. Sei que você não sente o mesmo, mas eu precisava falar antes que...
Ela me interrompeu. Se esticou na cama, colocou o dedo na minha boca e balançou a cabeça. Eu não sabia se aquilo era bom ou ruim, mas esperava que fosse bom. Sentou de novo e continuou calada, olhando para o chão. Esse silêncio estava me matando. Sabia que ela não sentia o mesmo, mas eu estava morrendo. Morrendo. Ela precisava ficar calada assim? Não mostrar nada? Será que acabei com nossa amizade? Será que ela ainda vai me aceitar? Ou vai se afastar?
Eu estava quase falando algo quando Sandy entrou no quarto.
-Quero comer. Papai saiu.
Anne virou pra ela e fez cara feia. Vi sua boca mexer, mas como ela estava de lado, não consegui ler.
-Ah, Anne, eu não alcanço o armário de lasanhas.
Anne mexeu a boca de novo. Ela mexia rápido, não sei como Sandy entendia. Mas ela devia estar acostumada, Anne está assim à um tempão.
Um bom tempo... um bom tempo que sua vós sumiu dela. Que ela parou de cantar pra me fazer parar de chorar quando eu me machucava, falar que tudo ia dar certo quando meus pais brigavam, que eu conseguia quando eu pensava que era impossível. Mas o que eu mais sentia falta era ouvi-la cantar! Definitivamente, era o melhor de tudo. Além dela ser tão linda, fofa, meiga, gentil, engraçada, inteligente...
Lembrei-me do dia em que eu machuquei o joelho caindo de bicicleta, quando eu tinha 6 anos. Anne corria atrás de mim tentando me acompanhar. Quando caí, chorei, e ela se ajoelhou ao meu lado e começou a cantar uma música de um filme da Disney, na época minha música favorita. Aquilo havia me ajudado muito, e principalmente, me feito acreditar que conseguia. Eu não era um garoto confiante quando menor. Anne me defendia dos garotos que queriam me bater, Anne falava o que eu pensava quando eu gaguejava, Anne fez tudo por mim. Tudo. Sempre me ajudou, sempre esteve a meu lado, me passando confiança. Sempre dizendo "Vamos, Niall, tente de novo. Você consegue, meu anjo, você pode tudo, se você tentar."
Só notei que estava chorando quando Anne secou minhas lágrimas com as pontas dos dedos. Olhei em seus olhos. Vi que ela estava sofrendo me vendo assim. Ela não queria namorar comigo, mas não ia me deixar. Entendi isso olhando nos olhos dela. Toda a nossa amizade estava ali, triste por me ver chorar.
Ela me abraçou. Senti que finalmente tinha um chão onde pisar. Abracei-a de volta, ainda fungando um pouco.
-Anne... eu...
Ela me interrompeu de novo. Eu queria tanto poder sentir seu beijo... Ela era tudo que eu sempre quis. Sempre foi, e sempre será.
Ela olhou bem fundo nos meus olhos. No meu coração, sabia que ela estava "lendo" meus pensamentos. Ela me soltou e pegou um papel pra escrever algo pra mim. Quando terminou, estendeu-o e eu o peguei.
Não chora, por favor. Eu também sinto saudades da minha vós. Mas aconteceu assim, e acabou. Não posso voltar no tempo, e nem você, Niall. Não fique se martirizando. Se eu não fico, por que você tem que ficar?
-Anne, é que eu amo sua vós. Amo demais. Você sempre esteve comigo, cantando pra mim. É difícil, dói muito só de pensar que nunca mais vou ouvir sua vós... Eu... queria que tudo fosse como antes. Se eu pudesse ouvir sua vós de novo, só uma última vez, só... só dizendo... - Percebi que estava chorando de novo. Enxuguei algumas lágrimas. Anne escreveu de novo.
Niall, não fique assim. Me sinto culpada. Se isso ajudar, nossa amizade não vai mudar por que sei do seu segredo. Uma amizade forte como a nossa não pode acabar por isso. Não vou deixar. Vou continuar exatamente a mesma com você. E... dizendo o que?
Fiquei vermelho.
-Dizendo... - baixei a vós. - que me ama.
Anne fez um sinal para sua orelha, e balançou a cabeça. Não ouviu o que eu disse.
Fiz sinal para que esquecesse. Mas Anne era complicada, e eu estava acostumado com isso. Ela fez sinal pra eu falar logo.
-Deixa, Anne. Eu desisto. Não tenho como ouvir você de novo.
Infelizmente, era isso. E eu estava conformado - ou quase.
Ok... eu não estava.
Ela pediu por favor. Virei de costas.
-Não, Anne, deixa, sério... Para de me dar tapinha. - Pedi quando ela começou.
Ela revirou os olhos quando virei pra ela. Levantou-se mas escorregou no cobertor, e eu pulei pra ajudar. Acabou que rolamos na cama e eu terminei em cima dela.
-Sua louca, quer me matar? - Perguntei e ela riu de mim. - Não tem graça, sua boba. - Acabei rindo também. - Para, Anne, isso não foi legal.
Ela estava vermelha de tanto rir. Acho que eu estava ficando, também.
Ela tocou minha bochecha. Senti seus dedos gelados.
-Isso significa que estou vermelho?
Ela sorriu e assentiu.
-Ah, que bom, por que você está um tomate.
Ela riu de novo.
-Chega, garota, você vai morrer.
E mesmo assim ela não para de rir.
-Já chega, vou embora, tchau. - Saio de cima dela e vou andando. Na porta, viro pra ela, sorrindo. - Ah, parou, né? Danadinha.
Ela abafou o riso. Depois que, finalmente, parou de rir, me olhou.
-O que foi, Anne?
Ela balançou a cabeça e bateu na cama ao lado dela. Sentei-me ali.
-Algum problema?
Ela fez um coração com a mão e apontou pra mim.
-Também te amo, sua chata.
Ela apontou pra mim.
-Não sou chato, você que é. Que coisa, se achando a diva. Runf.
Ela riu. É difícil continuar perto dela sem ouvi-la, mas eu nunca iria deixá-la.
O pai dela entra no quarto, com uma sacola.
-Oi, crianças. Estou de volta.
-Oi tio. - Falei. Anne acenou.
-Niall, sua mãe me ligou perguntando se estava aqui. Ela disse que precisava falar com você e que era pra você voltar logo que pudesse.
Vi Anne ficar triste.
-Tudo bem, valeu.
Ele saiu do quarto.
-Bem, acho que tenho que ir. - Falei, também triste.
Ela me abraçou e levantou da cama pra me acompanhar. Na porta, ela me deu um beijo na bochecha, como sempre fazia, e eu a abracei.
-Até amanhã, minha linda. - Falei. Li seus lábios dizendo "Até amanhã, Niall. Comporte-se". Sorri e saí.

*POV (Anônimo)*
-Já chega. Quero isso terminado logo. Onde está meu filho? - Perguntei.
-Onde a senhora mandou, senhora.
-Preciso descansar. Hoje foi um dia cheio. Amanhã, quero informações dela. Tudo que puder arrancar. Diga ao meu filho que deve fazer isso.
-Sim, senhora. Mais alguma coisa, senhora?
-Quero um chá verde para quando sair de meu banho. Mandei prepararem a banheira à uma hora. Deve estar no ponto. Quero isso no meu quarto, entendido?
-Sim, senhora.
-Dispensado.
E ele saiu. Fui ao meu quarto, onde uma serva havia preparado meu banho de espumas relaxantes.
-Sua banheira está pronta, minha senhora. - Ela disse, vindo até mim. O cabelo preto preso em coque deixava alguns fios soltos caírem no rosto pálido, por cima dos óculos de base preta. A roupa estilo XVII azul e branca estava ficando suja.
-Muito bem. Mandei prepararem chá. Espere na minha porta.
-Sim, senhora.

*POV Justin*
-Que noite cansativa. Ir pra lá e ainda ter que voltar na mesma noite por causa do trabalho. Assim eu não durmo mais.
-Concordo, seu mala. Mas se agente aguenta, por que você não?
-Porra, Chris, não amola. Vocês são treinados pra aguentar muita coisa, eu não.
-É, mas agente tem a mesma idade. - Ryan chega.
-Ótimo, dois idiotas pra me encher o saco.
Saímos do carro e entramos no estúdio. Muitos já estavam prontos pra começar, ou seja, cheguei atrasado... de novo.
-E aí, filhão? - Meu pai veio me cumprimentar. - Atrasado de novo, hein. Fala pro papai quem é a garota.
Olhei pra ele, desnorteado.
-Garota? Que garota?
Ele soltou uma gargalhada. Que saco, fala logo.
-Fala sério, filhão. Já chegastes atrasado três vezes só nesse mês e anda estressado. Ou é garota ou tem muito dever na escola. E como não te vejo fazendo deveres...
Ryan e Chris riram atrás de mim. Lancei-lhes um olhar de ódio e voltei pro meu pai.
-Não é garota nenhuma, pai. - Cheguei mais perto dele e falei baixo: - É que eu tive que ir lá na aldeia ontem. E naqueles atrasos também.
Ele fez um "ah" e ficou quieto sobre esse assunto.
-Bem, então... ao trabalho. - Ele me disse, sorrindo, e saiu.
-Como ele consegue estar sorrindo nesse lugar irritante e cheio de gritos? E esse cheiro de pó é insuportável.
-Ora, ele está feliz com o que ele tem, Justin. - Chris me disse. - Você deveria estar, também.
-Mas é tudo cansativo, trabalhoso e barulhento!
-Mas é a vida dele, e a sua. - Dizendo isso, ele saiu de perto de mim.
-Bom dia, Justin. - Chaz veio em minha direção com uma prancheta. - Como foi a noite?
-Não dormi nada bem, Somers. Estou estourado. E a sua?
-De boa. A aula de História e deu tanto sono que cheguei em casa e dormi.
-Sorte sua.
Ele riu.
-Bem, vamos começar. Temos muita coisa pra fazer hoje. E, a Shirley disse que os fotógrafos estão muito folgados.
-Bem, então vamos dar um jeito nisso.
Formos até onde Shirley estava, e realmente, alguns fotógrafos estava dormindo.
-EI, PESSOAL, ACORDEM! EI, ACORDEM!!! VAMOS, SEUS MOLENGAS! VOCÊS ESTÃO GANHANDO DINHEIRO PRA BATER FOTOS, NÃO PARA DORMIR!!!
-Nossa, eu fiquei surdo. - Chaz disse ao meu lado.
-Cala boca.
Os fotógrafos se assustaram e voltaram ao trabalho.
-Só assim pra esses panacas trabalharem.
-É verdade. Bem, vamos lá. Acho que você... hm... - Ele olhou a prancheta. - Ah, sim. Os sapatos da Ashley.
-O que tem eles?
-Não encomendou ainda. As fotos dela são para amanhã.
-Então mande alguém fazer isso rápido. E chame Zayn.
-Ok. Volto já.
-Estarei na minha sala.
Chaz saiu. Fui à minha sala e descobri que meu celular ficara lá.
Peguei-o e vi que havia uma mensagem. E era da novata.
"Bom dia, chefe. Espero que esteja pronto. Só não fique de queixo caído ;) "
-Que abusada... e também cheia de atitude. Hmhm... Que ótima modelo eu consegui.
Uma batida na porta.
-Entra.
-Bom dia, chefe. - Zayn disse. - Mandou me chamar?
-Sim, na verdade. Sente-se.
Ele sentou, meio nervoso. Parece que ninguém se sentia bem em minha presença, aqui, além do Chaz.
-Bem, você sabe que a Marianne começa hoje, não sabe?
-Sim, senhor.
-E ela é mais nova que você. - Assentiu. - Preciso que a faça sentir bem-recebida. Quero ver um bom sorriso no rosto dela quando chegar.
Zayn riu.
-Com esse corpo, não tem como uma garota não sorrir. - Brincou. Suspirei.

-Muito bem, então.
Zayn revirou os olhos.
-Você continua sem o menor senso de humor, chefe.
-Você devia estar acostumado, Malik. Está aqui à um bom tempo.
-E você também.
Olhei feio pra ele.
-O que você ganha quando está aqui, Malik?
-Bem, fico do lado de várias modelos gatas mais velhas e mais novas, ganho dinheiro e não passo fome.
-Muito bem. E o que eu ganho vindo aqui?
Ele me olhou, como se não acreditasse.
-Você é louco. Você manda em todas as gatas e gostosas que estão aí fora. Seu pai fica orgulhoso de ver você crescendo, de poder acompanhar você. E as meninas ainda acham você bonito. Você tem o número de telefone de todas elas. O dia que quiser sair, é ligar e pegar. E pra melhorar, seus melhores amigos estão aqui pra te apoiar. Dê valor ao que tem, Justin.
Pensei um pouco sobre isso. Tudo era verdade, mas era tão irritante.
-Por outro lado, fico tendo que gritar  com todas essas modelos gatas. Fico com dor de cabeça, e esse cheiro de pó é o fim do mundo. E pra piorar, é um perfume diferente em cada lugar. É poluição olfativa. E fico cansado de correr de um lado pro outro pra gritar mais e mais. Pera, como você sabe que elas me acham bonito?
Ele soltou uma gargalhada.
-Chefe, meu querido chefe, eu sou foda. - Ele piscou.
-Como você sabe, Malik?
-Ora, eu perguntei quem elas acham bonito no emprego, e, tirando eu, o mais bonito é você.
Acho que corei, por que Zayn riu.
-Ok, admito, algumas acham você mais bonito que eu. Uma modelo pornô disse que queria que você fosse o par dela. Ops, falei. - Disse, fazendo cara de santo.
-Fala sério.
-Ora, se fosse pra falar mentiras, hoje seria 1º de Abril. Falar com gatas é fácil.
-Tá bom. - Olho o relógio. - Muito bem, volte ao trabalho. E não se esqueça: seja muito legal com a Anne.
-Legal é meu sobrenome. - Ele levantou e saiu. Suspirei de novo. Recostei-me na cadeira e pus a mão na testa.
-Isso é tudo tão cansativo. Estou perdendo minha adolescência aqui.
Meu celular tocou.
-Alô?
-Justin?
-Bom dia, mãe. Como está?
-Bem, querido, e você?
-Com dor de cabeça.
-Oh, meu bem. Desculpe por ontem, mas você tinha que saber logo.
-Eu entendo, mãe. Mas realmente preciso treinar isso?
-Sim, querido. Precisa.
-Tudo bem. Mas eu já sei bastante, podemos avançar logo?
-Você sabe a parte teórica, meu filho. Temos outro assunto pra discutir, que é quem vai treinar sua dominação.
-Eu treino sozinho.
-Dominar o Ar é diferente de dominar a Água, meu amor.
Fechei a cara. Odiava lembrar que era o único da tribo Ar à dominar Água.
-É a mesma coisa.
-Não, Justin, não é. Nós usamos o vento como a força. A água é bem diferente do vento. E não fique chateado, bebê. - Ela deve ter notado minha vós. - Você é especial na tribo. Isso o torna ainda mais importante.
-E também mais zoado e odiado.
-Não, amor, não é. E realmente, você sabe muito. Só precisa aprimorar isso. É surpreendente como você aprendeu a dominar a água sendo do ar. Quase que um milagre, meu amor. - Ouvi a vós do Amuleto, o mão direita do Conselheiro, falar com minha mãe. - Preciso desligar, meu bem. Você virá hoje de noite?
Soltei o ar.
-Pretendo. Mas caso não, mando Chris ou Ryan.
-Tudo bem. Espero te ver. Beijos. Te amo, Justin.
-Também te amo, mamãe.
E desliguei.
Me joguei em minha cadeira. Agora era esperar para ver.

*POV Zayn*
Eram quase duas horas. A gostosa da Anne ia chegar. Tomara que ela não tenha que se embananar muito, por que ela é linda sem maquiagem.
-Zayn, vire para a esquerda, por favor.
Me virei.
Flash, flash, flash.
Câmeras... Ah. Sempre cansando.
-O braço na nuca.
-Muito bem, agora tira isso. E na parede ali.
O fotógrafo apontou outro lugar. Fui pra lá e fiz como mandava.
-Muito bem, Malik. Agora os cachorros.
Vi várias pessoas trazendo alguns cachorros. Me mandaram segurar um branco bem fofo.
Tirei a camisa e voltei a segurar o cachorro. Estava quase tirando a foto quando Anne escolheu chegar com Derek. Ela me viu e seus olhos brilharam.
Nisso que dá segurar um cachorro.
Dei-o para a moça que estava passeando com eles pelo estúdio e fui até Anne. Abracei-a e dei-lhe um beijo na testa. Senti a sensação gelada que sentia quando conhecia alguém do meu tipo. Mas não podia ser. Ninguém fica mudo do nada com esse tipo de poder.
-Bem vinda ao emprego, Anne. - Ela ficou vermelha. Tipo, muito vermelha. - Espero que goste de trabalhar aqui. O Chaz já deve ter lhe apresentado o lugar, mas se precisar, pode me chamar. E olá, Derek. Você também, seja bem vindo.
Derek apertou minha mão.
-É um prazer revê-lo. - Ele olhou Anne fazendo sinais. - Ela agradeceu e disse que está ansiosa.
Olhei pra ela.
-Bem, estou ansioso também. - Sorri.
Vi Chaz e Justin vindo em nossa direção, com sorrisos nada específicos do senhor Justin Bieber.
-Marianne! É tão bom vê-la. - Justin, de braços bem abertos, foi até ela e a abraçou. Se ela já estava vermelha por minha causa, ficou púrpura. Depois Chaz a abraçou.
-Olá de novo, Marianne.
Fiz meu celular tocar em chamada falsa.
-Podem me dar licença um segundo? - Anne assentiu. Saí de perto e digitei o número do Amuleto.
O celular chamou 3 vezes até que ele atendeu.
-Alô?
-Amuleto, preciso de uma checagem nominal.
-Você é o...?
-Zayn Malik, Protetor de primeira classe. Treinado desde o nascimento.
-Muito bem. Nome?
-Marianne Vincent.
-Não preciso checar. Você foi treinado onde?
-Na tribo da Água da Inglaterra. Fui transferido para cá à 3 anos.
-Bem, a srta. Vincent é a filha da Conselheira.
-Não creio. Nunca a vi.
-Você vem em dias de semana. Ela só nos fins.
-Hm... Entendido.
-Por que a curiosidade?
-Ela acaba de conseguir um emprego comigo.
-Ótimo. O último Protetor dela morreu e ainda estamos treinando os nossos. Já sabe, então.
-Sim, senhor. Até breve.
-Cuide dela, Malik. Você é o nosso único Protetor vivo.
-Ok. - Desliguei e voltei pra perto da Anne.
Justin estava falando com ela, e Chaz com o cara que faria as roupas da Anne. Parece que já haviam feito várias.
Sim, eles são rápidos.
Justin me viu e fez sinal para entrar na conversa.
-Malik, venha. Anne já sabe tudo o que tem que fazer. Todos os detalhes já foram ditos.
-Ok. - Anne sorriu pra mim quando sorri pra ela.
-Nesse primeiro mês ela ainda vai tirar fotos com roupa pra se acostumar, então, não tire muito a camisa. - Ele me olhou, e percebi que ele falava da conversa de hoje de manhã.
Ri.
-Sim, senhor. - Ele me olhou feio.
-Bem, Anne, vou deixá-la nas mãos do Zayn. Tenho mais algumas coisas pra fazer antes de dirigir as suas fotos. Vejo você logo. - Dizendo isso, ele saiu.
Anne virou pra mim.
-Bem, Anne, temos que correr. Aqui é tudo rápido, você sabe.
Chaz chegou com duas sacolas de roupas. Uma deu pra mim, e outra pra Anne.
-Aqui as roupas de hoje, por enquanto. Boa sorte. - Disse mais pra Anne do que pra mim.
Corri pra trocar a minha, e quando saí, Anne estava pronta.
Meu D'us, como é rápida. Tinha que ser mulher.

*POV Marianne*
Corri pra me vestir, e quase pensei que estava com a roupa amassada. Ajeitei isso rápido e saí. Zayn saiu 5 segundos depois.
-Às fotos. E bem vinda ao emprego. - Gritou um fotógrafo, e outros fizeram um couro dizendo o mesmo. Sorri pra todos e fui para o local mandado.
Nossa, parecia que Zayn era meu marido. Não sei como não corei. Quer dizer, ACHO que não corei.
-Nossa, a maquiagem dela tá perfeita. - Um fotógrafo disse.
Ok, eu estava vermelha.
Zayn sussurrou pra mim:
-Respire fundo e finja que eu sou alguém que você conhece à muito tempo.
Zayn é alguém que conheço à muito tempo! Zayn é alguém que conheço à muito tempo! Zayn é alguém que conheço à muito tempo! Zayn é alguém que conheço à muito tempo! 
Nossa, que difícil. Mas vou continuar tentando. Vamos lá, Anne.
Respirei fundo 3 vezes e pensei de novo.
Zayn é alguém que conheço à muito tempo! Zayn é alguém que conheço à muito tempo! Zayn é alguém que conheço à muito tempo! Zayn é alguém que conheço à muito tempo! 
Ok. Acho que estou pronta. Derek traduziu isso pra mim.
Tiramos várias fotos.
Trocando de roupas em 5 minutos o tempo todo.

Justin veio, finalmente, para dirigir nossas fotos.
-Nossa, essas ficaram ótimas. - Ele disse, vendo as fotos tiradas. Depois olhou pra mim e Zayn: - Muito bem, vocês dois. Próxima roupa.
Corremos pra trocar.
-Ótimo.
Percebi que Justin não gostou muito da próxima foto.
Ai minha nossa. Eu NÃO ACREDITO! Eu to sentindo o Zayn... ah... o órgão dele.
Devo ter ficado muuuuuito vermelha!
Ouvi Zayn rir baixinho. Ele já estava acostumado. Dei um tapinha nele.
-O que foi? - Ele perguntou, sorrindo safado. Fiz cara feia pra ele. - Bem, é uma vantagem minha estar do seu lado. Espero que seja pra você também. - Disse, ainda mais safado, e fiquei um tomate. - Fica calma, as próximas fotos, eu vou sentir o gosto do seu batom.
Arregalei os olhos, mas percebi que isso só o estava divertindo. Fiz meu máximo pra ficar calma.
-Bem melhor, Anne. - Ele disse quando finalmente me acalmei.
Pelo visto, eu não fui a única à ficar emburrada.
-Parece que o chefe queria estar no meu lugar. Não tenho sorte? - Zayn me disse, olhando pro Justin também.
Dei outro tapa nele.
-Haha, ai, você adora violência física.
Mesmo assim, as fotos não pararam.
O que mais me incomodava não eram as fotos, nem o pênis do Zayn no meu corpo, mas que eram fotos ousadas, que iam sair em revistas.
Mas você aceitou isso quando aceitou o emprego, Anne. Não pode reclamar.

*POV Zayn*
Bem que eu podia encher mais o saco da Anne, mas percebi que ela já estava ficando nervosa de verdade, então parei.
-Ei Anne, fica calma. São só fotos. Você está indo muito bem. - Sorri pra ela.
Percebi que ela ficou mais calma.
Acho que a última foto que eu tinha com ela não a agradou, e nem à Justin.
-Fim do dia, pessoal. - Justin gritou, se levantando. Veio até mim e Anne. - Nossa, Anne, foi muito bem. Normalmente, as novatas ficam vermelhas desde que chegam até a hora de ir embora. E algumas desmaiam... Mas realmente, fiquei impressionado com você. - Ela corou de novo.
Chaz chegou também.
-Nossa, Anne, incrível. Incrível mesmo. Você foi muito profissional. Sem brincadeira.
Anne estava tímida, sorrindo. Bem, mais vermelha que isso ela não podia ficar... podia?
-Concordo com eles, Anne. - Falei. Ela me olhou, meio que dizendo "você é um saco". Ri: - É, sou um saco mesmo. - Pisquei. - Mas isso ajudou, tal que quando eu te enxia o saco, você não ficava vermelha. - Ela parou pra pensar. Era mentira, mas ela não sabia, então aceitou.
Ao sair do trabalho, vi Anne com Derek. Eles estavam... pera, se despedindo?
-Anne? - Fui até ela, quando Derek saiu. - Ele não tinha que te levar pra casa?
Ela fez que não.
-Não entendi. Quer uma carona?
Ela sorriu, mas fez que não. Não entendi a explicação.
-Odeio ser chato, mas eu não entendi.
"Ah" a cara dela expressou. Ela pegou o celular e digitou uma nota. Depois me deu para ler.
"Meu amigo vem me buscar. Vamos sair hoje, to devendo isso faz tempo à ele."
-Ah, entendi. Bem, vou esperar ele chegar, você não pode ficar sozinha.
Ela agradeceu e me deu um abraço.
Então um loirinho chegou de moto. Logo ela se despediu de mim e subiu. O loiro deu-lhe um capacete, e foi embora com ela.




Heeeeeeeeeeeeyyy!!! Saiu mais rápido esse, né? É por que não estudei ontem pra começar logo, kkk meu pai achou que eu tava fazendo pesquisa. Bem, espero que vocês gostem, amores. Comentem e divulguem o blog, pfvr. Amo vocês <3

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