3 de jun. de 2013

Poderosa 5

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*POV Anne*
-Anne, apresento seu novo protetor -  o cara tirou o capuz e eu fiquei boquiaberta. - Zayn Malik.
-Oh meu D'us! - Consegui dizer. - Zayn? Você é Protetor? Por que não me disse logo?
-Perdão, senhorita Vincent. Não tinha permissão de falar sobre isto no mundo afora, não ainda. - Ele respondeu.
-Ai, que estranho você falando assim.
Ele deu um risinho tímido, baixando a cabeça. Notei que ele estava olhando pra minha mãe, e o olhar dela não era muito legal.
Achei melhor não dizer que ele era meu parceiro de fotografias.
Liam pigarreou.
-Bem, Anne, acho que temos assuntos à resolver.
Olhei-o.
-Sim, tem razão. - Virei para a flor. - Tchau, mãe. Te vejo depois.
-Tchau, querida. Te amo muito.
-Eu também.
Saí com Liam e Zayn, mas Liam estava na frente, falando algo ininteligível enquanto eu e Zayn conversávamos.
-Poxa, isso é muito legal. - Falei.
-Sim, verdade. É mais algo que temos em comum. - Ele sorriu, depois pareceu lembrar que não pode ter intimidade comigo e baixa a cabeça. - Perdão, estou sendo muito abusado.
-Ah não, Zayn! Você não vai virar um idiota só por que é meu Protetor!
-São só minhas ordens, senhorita.
-O senhorita é fofo, pode ficar, haha. - Ele riu comigo. - Mas sério, não vire um chato, por favor.
-Como deseja que eu seja?
-Finge que a gente tá no trabalho. Como você me trata lá.
-Perto do Amuleto vai ser f.. difícil.
-Mas ele não pode te impedir.
-Bem, certamente quem manda em mim é você, por que sou seu Protetor, mas ele ainda é o sub-líder.
-Não, ele é o chefe. A sub-líder sou eu.
Zayn me olhou.
-Sou eu quem cuido das coisas aqui, Zayn. Mamãe, você viu, é uma meio fantasma. Não pode fazer nada.
-Oh. Entendo. Eu...
-ANNEEEEEEEEEEEEEEEE!!!
Virei para o lago, de onde vinha o som. Quase caí com o abraço forte de Miley que jogou o corpo sobre mim, com Jasmine atrás.
-Aiii, suas loucas. - Ri.
Elas me ajudaram à levantar.
-Cara, você já saiu na revista dessa semana! - Jas disse.
-Mentira! Tão rápido? - Peguei da mão dela e folheei. Ali estava uma foto minha com Zayn. - Céus!
-E o seu parceiro? Cara, tem que apresentar ele pra gente. - Miley pediu.
-Sério?
-Aham! Ele é muito gostoso.
Corei, sabendo que todos sabiam que eu achava o mesmo.
-Bem... Zayn, Miley, Miley, Zayn. - Miley virou e congelou, pálida.
-Oh my G'd. É o próprio!!! Bem aqui na minha frente!
Zayn sorriu.
-Olá. Não sou o único gostoso aqui.
Miley ficou muito vermelha, mas Jas me cutucou e me disse que ele estava olhando pra mim quando disse isso, o que fez piorar a minha vermelhidão.
-Não baba, amiga. - Jas disse pra Miley, que a olhou feio. Zayn riu.
-Meninas, Anne e Zayn precisam ir. Depois eles falam com vocês, ok? - Liam disse.
-Ok. - Jas e Miley disseram. Segui com Zayn até o Chalé Principal, e nos sentamos na sala de reuniões.
A sala havia mudado. Agora estava mais moderna, mas com um toque antigo, os carpetes e as cadeiras de madeira... Novo mesmo era o computador e as câmeras, e, se me permitir notar, as dobraduras da porta.
-Bem... sua mãe já lhe falou da nossa situação com os médicos, não?
-Sim. - Respondi à Liam. - E a financeira também.
-Bem, ela amenizou bastante. Está pior que terrível.
-A tribo do Ar não vai colaborar se estiver ruim assim!
-Terão de colaborar. Já os ajudamos muito.
-Você confia demais neles, Liam.
-Acho que trocamos de papel.
-O que não é bom, é?
-Não. Bem, precisamos enviar uma carta com um pedido de colaboração maior.
-Seria terrível... -Suspirei. - Mas faça-o, vou assinar.
-Como queira.
Levantei e saí com Zayn. Soquei a parede.
-Sou uma besta! Ficar duas semanas longe deste lugar? É isso que acontece!
Zayn pegou minha mão.
-Não é besta. Você não pode vir aqui o tempo todo, Anne.
-Mas eu poderia ter vindo...
-Você tem uma vida fora daqui, linda. - Quase tremi ao ouví-lo me chamar assim. -  Não pode achar que é culpa sua, por que não é.
Eu ia dizer algo, mas ouvi um grito de criança, um menino, vindo em minha direção.
-Annee!
Virei para vê-lo.
-Céus, Jake, você está enorme! - Abracei-o. - Cresceu muito, meu pequeno.
-Estava com saudades, Anne. Por que não veio semana passada?
-Oh querido, não pude. Mas agora estou aqui, até cheguei cedo. Não devia estar na cama?
-Sim, e estava, mas me ouvi a Miley gritar seu nome. Não pude deixar de vir vê-la, Anne.
Oooowwwn, Jakee!! Seus olhos totalmente pretos tinham um brilho como se olhasse para a luz, e seu cabelo do mesmo tom tinha reflexos azuis das luzes que iluminavam a noite. Sua pele branca contrastava com tudo isso.
-Own, querido. Quer que eu vá com você à sua cabana?
-Sim, o Liam chega muito tarde e normalmente a Jas que fica comigo.
-Bem, hoje terá eu e ela.
-Oh não, Anne. Quero aproveitar você!
-Tudo bem, eu  digo pra ela que farei você dormir hoje, ok?
-Venha agora, por favor!
-Tudo bem, querido. Zayn, pode dizer à Jas que eu colocarei Jake pra dormir hoje? - Pergunto à ele, já colocando Jake no colo.
-Como queira. - E ele saiu à procura dela.
Andei com Jake no colo. Algumas crianças me pararam e eu as abracei, e dizendo que logo iria vê-las. A cabana de Jake e Liam era pequena, só dois quartos. Jake fica com Liam já que é órfão. Infelizmente ele perdeu os pais com dois anos, e a perna direita não funciona bem. Agora, aos sete anos, luta contra um câncer cerebral, e digo, luta muito bem. As vezes não parece que o tem. Infelizmente, o câncer está ficando muito forte e eu aproveito cada minuto que posso com ele pra fazê-lo rir.
Seu quarto tinha vários aeromodelos pendurados ao teto e alvos na parede, desenhos e fotos, jogos na estante, e a cama com um lençol do Carros 2.
Deitei-o e o cobri, massageando seu braço.
-O que quer que eu conte hoje, Jake? - Perguntei. Ouvi Zayn parar na porta da frente.
-Você aprendeu uma música nova?
-Sim, várias.
-Cante uma... sobre qualquer coisa.
-Ok, querido. Vejamos...
Comecei à cantar uma música chamada Girl On Fire. Sei que ele ia gostar. Meu estilo musical era o mesmo dele.
-Essa garota é você, Anne?
-Haha não, querido.
-Mas você é quente.
Toquei seu braço.
-E você é frio.
-Hahaha. - Ele riu, mas já com sono.
-Quer uma estória?
-Sim. A do Peter Pan, por favor.
-De novo?
-Haha sim. Eu amo muito.
-Ok.
Contei novamente a estória, mas na metade ele já dormia. Jasmine entrou e me disse para ir, que ficaria com ele. Foram necessários 5 minutos pra soltar a mão de Jake de meu cabelo.
-Um anjo. - Sussurrei.
-Sim. - Jas concordou.
Saí de lá e Zayn me esperava na porta.
-Está tarde, Anne. Vai dormir?
-Não sei, prometi que veria as crianças...
Ele assentiu. Olhei para a lua.
-Maravilhosa... - Comentei. Ele seguiu meu olhar e sorriu.
-Nem tanto. Perto de coisas melhores, ela fica rebaixada.
O olhei.
-Você, Anne.
Praguejei pela noite estar tão bem iluminada. Acho que Zayn notou que fiquei vermelha. Felizmente, ele não disse nada sobre isso.
Baixei a cabeça e andei com ele em meu encalço. Na cabana de refeições, várias pessoas vieram me cumprimentar, e eu fiquei feliz. Adorava todos ali, todos. São tão gentis comigo, desde sempre. Apresentei Zayn e fomos comer. Logo depois li alguns livros pras crianças de lá, e então, fomos todos dormir. Ao deitar na minha cama, senti Manchester subir em mim.
-Oii seu gato bobo. Saudades de mim? - Perguntei, enquanto ele se enrolava nos meus pés. O preto e branco de seus pelos brilhava à luz da lua. - Haha boa noite.
E, então, dormi.

*POV Justin*
Quando saí da sala de reuniões, eu estava fumegando de raiva. Era tanta, mas tanta raiva, que sentei na beira do lado e não notei quando Caitlin pôs a mão em meu ombro.
-Justin?
Com o susto, a olhei.
-Cait? Céus, desculpe. Eu ia na sua..
-Eu sei. Você saiu espumando de lá. Posso perguntar o que aconteceu?
-Perguntar você pode. Saber, eu não sei. Minha mãe não disse nada sobre falar.
Ela sentou ao meu lado. Claro que ela sabia que éramos só um rolo, mas agia como se eu fosse namorado dela. Bem, já fui. Mas isso não vem ao caso agora.
-E...?
-Ok, vou contar. - Odiava quando ela fazia essa carinha. Eu não conseguia não fazer o que ela pedia, assim. - Mamãe vai chamar alguém da Tribo da Água pra me treinar.
Caitlin fez um O com a boca.
-Não! Ela vai mesmo?
-Sim, o mensageiro acabou de ir. Deve chegar lá amanhã.
-Mas ele foi como?
-À cavalo, claro.
-Então ele vai chegar ao amanhecer! São só alguns quilômetros daqui até lá.
-É, uns 50, por aí, né... - Ironizei, irritado ainda.
Ela me abraçou e acabei sorrindo. Irradiava calor, como sempre. Ela me deitou na grama e ficou em cima de mim. Me deu uns beijos na bochecha.
-Chris vai me matar depois disso.
-Ele não está vendo. - Riu.
-Oh, está sim.
Ela deu de ombros.
-Lasque-se. Aliás, estou com saudades.
-Também estou, chata.
-Irritante.
Puxei-a para um beijo quente e quase senti a raiva de Chris em cima de mim. Irmão ciumento? Que nada. Ele só me odeia junto dela, ou qualquer garoto, só isso.
-E aí, fala do seu emprego. Como anda? - Perguntou, deitando a cabeça em meu colo.
Chance perfeita de deixá-la com ciume, hehehe.
-Ah, chato como sempre. O bom é que agora entrou uma gostosona lá, e quem manda nela sou eu.
Senti que ela ficou quente de ciume e sorri.
-Hey, o que é isso? Você ficou quente, de repente.
-Quem é a vaca?
-Wow, isso é ciume que estou sentindo? Tá com um cheiro forte de ciume, aqui. É você, Cait?
Ela me deu um tapa no ombro.
-Deixa de ser chato!
-Sou chato por você, meu amor. - Brinquei.
Ouvi Ryan puxando Chris para longe e quase não consegui segurar o riso.
-O que foi? - Cait perguntou.
-Se olhar pra trás, vai ver um Chris enfurecido e um Ryan tentando segurá-lo.
Ela olhou e riu.
-Minha nossa. Chris é..
-Muito ciumento com você. - Completei.
-Sim. - Ela ficou triste.
-O que foi?
-Papai quer me arranjar um pretendente...-Confidenciou.
-Oh! Não pode ser. E você queria tanto escolher...
-Eu sei, mas ele disse que estou demorando muito.
-Mas.. o amor não vem e vai assim rápido como ele pensa! Ele devia saber, ele já foi adolescente. E você só tem 18 anos.
-Eu sei... ele quer que eu me case ano que vem. - Seus olhos ficaram molhados.
-Oh não, Cait. Não chore, por favor. - Mas era tarde demais; as lágrimas corriam em seu rosto.
Sentei com ela e a abracei forte. Fiz carinho em sua cabeça e falei palavras de consolo, mas sei que nada iria ajudar. Bem, uma coisa iria, mas eu não queria isso; nem pra mim nem pra ela. Ela sofreria mais que eu no final. Não podíamos fingir pro pai dela que eu era seu pretendente... não com a Anne na jogada.
Franzi o cenho. "Anne? O que? Por que diabos...?" mas meus pensamentos foram interrompidos por uma fungada de Cait. Olhei pra ela.
-Queria poder ajudar, linda. Mas está fora de meu alcance.
-Eu sei... mas obrigada por escutar e me confortar. Eu estava precisando.
-De nada, linda. - Olhei a lua. - Já está tarde. Quer que eu a acompanhe até sua casa?
-Claro.
Me separei dela e ao olhar seu rosto, ele ainda estava molhado. Sequei-o e a ajudei a levantar. Andamos grudados um ao outro, em silêncio, até sua casa.
-Boa noite, Cait. - Falei. - Sonhe comigo.
-Haha. Sempre. E você, sonhe comigo.
-Claro. Como não sonhar?
Ela sorriu e eu me abaixei pra beijar-lhe a bochecha. Mas ela virou meu rosto no último instante, selando nossos lábios.
Bem, eu não pararia isso por nada.
Pedi passagem e ela deixou, nossas línguas dançando silenciosamente nessa noite maravilhosa.
Uma pedra voou na minha cabeça.
-Ai. -Virei pra trás com a mão no lugar que a pedra me atingiu. - Isso foi demais, Chris!! - Falei baixo, e Cait soltou uma risadinha.
-Desculpe por ele. - Pediu.
-As ações dele não refletem na imagem que tenho de você, pode crer.
Ela sorriu.
-Jus.. você não.. não quer entrar, hoje?
Só pra encher o saco, fiz cara de safado e toquei seu rosto.
-Entrar em qual sentido, docinho?
Ela ficou vermelha, como sempre fazia quando eu virava "o tarado", mas soltou uma risadinha.
-Vem, por favor.
Passei a mão em  seus lindos cabelos.
-Sabe que não posso, Caitlin.
Chamá-la pelo nome com esse tom de voz a deixava arrepiada, e eu achava isso muito fofo, por isso sempre fazia.
-Oh, Jus..
-Eu entraria, se estivéssemos fora da Tribo. Mas sabe que somos educados como antigamente para com as mulheres, por aqui, e isso seria deselegante da minha parte.
Ela ficou triste, mas assentiu.
-Tudo bem... não quero te deixar mal-afamado.
-Só eu posso fazer isso, querida Cait. - Ouvi um uivo alto, com certeza algum lobo entrou na Tribo. - Durma bem. - Beijei-lhe a mão. Ela entrou e eu saí em busca do uivo.
Vi vários de nossos Caçadores indo na mesma direção. Então, um grito, seguido de outros, mas de uma única pessoa, e então dois tiros, e silêncio.
Fui até onde os outros estavam. Mamãe e seu Protetor estava atrás, mas tentando ver. Abri caminho por baixo dos braços, e senti alguém me puxar. Caí de bunda no chão e vi que era Ryan, mas ignorei e continuei abrindo caminho.
-JUSTIN, SAIA DAÍ AGORA! - Ouvi minha mãe gritar, e vi as pessoas dando caminho pra Ryan e Chris, mas continuei correndo.
Dentro da floresta, fui seguindo o som dos gemidos. Era estranho fazer isso, mas era gemido único, e masculino. Se o cara quer se masturbar, ele pode fazer isso na própria casa. Mas não aqui.
Adentrei mais até os gemidos ficarem bem próximos. Foi então que vi.
-MARCOS! - Corri até ele. Ouvi algumas  pessoas gritando pra seguirem minha voz. Ajoelhei-me ao seu lado. - Irmão, o que foi...? - Olhei para o lado.
Não me espantava Marcos estar com a barriga e a perna esquerda dilaceradas. O lobo preto era do tamanho de um garoto de 6 anos que come chocolate de 5 em 5 minutos. Os dentes eram enormes pro espécime, e definitivamente esses olhos não deveriam ser dourados!
Sangue jorrava das barrigas do lobo e de Marcos. Vi a espingarda jogada à meio metro dele.
-Oh Marcos, por que veio sozinho? Sabe que é perigoso!
-Sim, sei, mas o senhor deve saber como está nossa situação alimentícia. Precisamos disso.. arg..
Outra coisa que minha mãe não me disse...
O riacho estava próximo o suficiente e puxei um pouco de água de lá. Estava gelada, e Marcos gemeu, mas consegui limpar os ferimentos e ele não pegaria uma infecção... bem, espero eu, já que cheguei agora - muito tarde.
-Onde você está, Bieber? - Ouvi Ryan gritar. Melhor chance não podia.
Gritei de volta:
-VEJA MEU SINAL!
Deixei uma coluna não muito fina de água em pé, estendendo-se até bem alto. Em cinco minutos, tinham várias pessoas aqui, incluindo médicos, que levaram Marcos, e outros Caçadores, que pegaram o lobo. Baixei a corrente de água, sentindo a exaustão tomar conta de meu corpo, e, soado, caí na terra fria e fresca, desacordado.

*POV Zayn*
De manhã, Anne e eu passeamos pelo campo, e Miley, Jasmine e eu mostramos alguns golpes pra ela saber se proteger quando eu não pudesse estar por perto. Ela já era boa nisso, já devia ter treinado antes, mas eu não sabia, então ela me derrubou tão rápido que fiquei surpreso - claro que eu não estava lutando sério com ela.
-Nossa, Zayn. Pare de brincar, jogue sério. - Ela pediu.
-Desculpe. Não sabia que já treinava. Esse é um golpe muito bom. - Falei, levantando e tirando a terra das minhas calças jeans e camisa branca de pano, lisa.
-Tudo bem. Sério agora.
-Ok.
Brigamos um pouco. Miley e Jasmine foram mais fracas que eu - literalmente, estavam facilitando muito, eu notei - por isso prendi Anne numa árvore assim que ela virou.
-Opa. - Falei, rindo.
Miley e Jas levantaram. Ouvi seus risinhos atrás de nós, e notei Anne vermelha.
-De novo isso, Anne? - Perguntei.
-Desculpa, eu não consigo evitar.
-É só admitir que eu sei que você me acha gostoso. Aí passa. - Sorri pra ela, querendo irritá-la pra ficar mais "calma".
Ela mordeu o lábio, mas não do modo "sexy", e sim do "ai que vergonha". Ri disso.
-Fala sério, Anne. Vamos, você vai me ver assim até um de nós ser demitido, ou se demitir. Na verdade, eu estou vestido aqui... lá, você vai me ver só de cueca. É bom treinar isso logo aqui, não?
-C-como assim? - Own, que linda, gaguejando. Sussurrei em seu ouvido:
-Tire Miley e Jasmine daqui. Hoje, você é minha parceira de fotografias.
Eu a vi engolir em seco. Ficava tão fofa assim, puta merda. Eu queria beijá-la, e agora.
-Miley, J-Jas, podem... ver como está indo a preparação das coisas?
-Que coisas? - Miley perguntou. Jas a bateu no ombro.
-Claro, estamos indo. - Jas puxou-a e foram embora. Consegui ouvir Jas dando outro tapa nela, o que significa que ela acha que eu vou comer a Anne.
Esperei não ouvir mais seus passos pra voltar à falar com Anne.
-Agora finja que está numa sessão comigo. Mas tente fingir que não é a nossa sessão. A outra. - Falei do modo menos safado que consegui. Espero que tenha conseguido, por que não sou bom em não ser safado.
-C-como? Que sessão?
Suspirei.
-A do pai do Justin.
-M-mas a sessão dele é...
-Sim, é sim. E é fingindo estar nela que você consegue fazer a nossa mesma sem corar muito.
-V-você acha mesmo que eu consigo?
-Claro. Agora vamos, tente.
Ela fechou os olhos, creio eu que para se preparar, mas não se moveu e logo alguém viria nos procurar. Peguei sua mão, devagar, e coloquei sobre minha barriga. Sua respiração falhou, e eu tentei acalmá-la.
-Calma, foi só um toque. Tente passear. Ah... você precisa ficar de olhos abertos, Anne.
Senti seu nervosismo, mas se queria ajudá-la, tinha que ser agora, e rápido, antes que alguém venha nos procurar.
Suspirei internamente e abri seus olhos delicadamente com os dedos. Ela não lutou, mas estava se controlando pra não os fechar novamente. Estava completamente ruborizada.
-Muito bem. Agora passeie as mãos, devagar, por onde quiser.
-Oi árvore.
-Haha, não. A árvore, não. Ela não vai tirar fotos com você.
-Pode tirar...
-Hahaha. Tudo bem, Anne, sem brincadeira. Você não vai conseguir ficar séria na hora das fotos, assim.
-Mas é tão... imprudente.
-Eu sei. Mas você se acostuma rápido.
-Talvez vocês, homens, se acostumem rápido, por que vocês se acostumam fácil com a ideia de que  não há nada entre vocês e suas parceiras nas fotos, mas isso por que são homens. Nós mulheres somos diferentes...
Ai. Aquilo doeu. Bem que eu queria que tivesse mais que isso...
-Entendo você. Acho que tem razão, mas você tem que tentar.
-M-mas...
-Finja que está sonhando, então.
-Sonhos obscenos? Eu nunca...
-Você precisa tentar, Anne. Antes que alguém nos procure.
Ela suspirou, com os olhos fechados. Quando eu estava prestes à me mexer, ela os abriu sorrindo, sexy. Fui eu quem arfei dessa vez, mas forcei para isso ser fraco e ela não notar. Bem, eu esperava que ela não tivesse notado. Finalmente conseguiu passear a mão em minha barriga.
-Bom progresso. Não está tão vermelha.
-Ótimo. - Disse, ainda sorrindo sexy.
-Concordo. Agora aprofunde isso.
-É pedir demais em um dia só.
-Vamos, Anne. Você consegue.
Acho que ela não aprofundou por que não sabia mais o que fazer; pelo menos interpretei assim a careta que ela fez. Cheguei mais perto dela e coloquei sua mão por baixo da minha camisa. Ela teria que se acostumar.
O problema era que eu estava acostumado... mas Anne era demais pra mim.
Odeio pensar isso, mas na hora que ela tocou meu abdômen, fiquei duro. Pra piorar, ela conseguiu manter seu sorriso sexy - claro que eu mantive o meu também - e eu só quis beijá-la ali, ou mais que isso.
Sua respiração continuava descompassada, mas ela estava firme. Grudei meu corpo ao dela, prendendo-a na árvore, com a mão em sua cintura e meu nariz passeando por seu pescoço. Ela gemeu,e fiquei pensando se eu não havia feito o mesmo. Não conseguia controlar meu corpo direito perto dela. Era estranho, terrivelmente chato, mas meu corpo mandava e eu fazia. Não tinha controle sobre ele.
E isso seria minha perdição.

*POV Marianne*
Puta merda, Malik, chega, ou eu vou arrancar sua roupa.
Mal pensei isso e notei sua camisa no chão.
-Zayn... - Não consegui terminar com sua boca em meu pescoço, me dando arrepios indesejados e gemidos de prazer.
Sua boca se mexia com suavidade na minha clavícula, até que, percebi, ele não aguentou mais. Veio devagar até meu queixo enquanto segurava meu rosto com uma das mãos, e a cintura com a outra.
Oh céus! Ele vai mesmo me beijar aqui? Pra ele, pode ser que isso tudo seja uma brincadeira, um treino, mas pra mim não é.
Ele colou seus lábios nos meus, me fazendo arregalar os olhos. Não achei que esse "treino" chegaria nesse ponto. Mas ele não pareceu perceber que eu estava surpresa, mesmo com meu peito subindo e descendo rápido demais e com muita  força. Mas cedi ao beijo e permiti a passagem de sua língua. Era impossível não ceder; Zayn era lindo, fofo e esforçado, estava mesmo tentando me ajudar.
Ou isso, ou queria transar comigo agora.
Quase mexo a mão para colocá-la em sua nuca, mas ele se afasta rápido, virando a cabeça para trás e apurando os ouvidos.
-Vem vindo alguém. - Anunciou. Depois, virou pra mim e sorriu: - Foi muito bem, Anne.
Seu sorriso era doloroso, com certeza. E eu também estava sorrindo, mas meu coração clamava por outro beijo assim. Era doce e quente, quase ardente, e pensar em beijo me lembrou Niall. Niall, que sempre esteve comigo, e agora me disse que quer namorar comigo. Niall, meu melhor amigo e o garoto mais importante da minha vida. Niall, que mesmo depois de muda, nunca me ignorou como outras pessoas fizeram.
Isso me fez sentir tão mal que meus joelhos tremeram e quase caí, não fosse que Zayn podia pensar que era culpa dele.
Ele catou a blusa e me entregou uma faca.
-Vamos para o outro treino antes que esse alguém chegue.
E assim fizemos. Quando consegui ouvir os passos de alguém, Zayn tinha um corte na bochecha, e eu um no braço. Claro, se ele quisesse, teria me matado. Mas ele não quer.
-Anne? Zayn?
Virei-me para ver Liam.
-Oi. Estávamos treinando...
-Sim, sim, eu vejo. Mas terá que interromper-se um pouco.
-Qual o problema?
-Uma carta.
-A Tribo do Ar recebeu a nossa? Não, você não enviou. Eu não a assinei.
-Eu sei. Eles quem mandaram uma carta. E podemos tirar um bom proveito disso.
Segui Liam com Zayn em meus calcanhares. Na sala, peguei a carta.
-Um treinador de Dominação da Água? Mas como assim? - Perguntei à ninguém em particular. - Eles Dominam o Ar, e não a Água.
-Pelo visto... - Liam disse.
-Se eles tem um Dominador de Água, ele deveria ser enviado para viver conosco!
-Sim, concordo.
-Se me permitem observar - Zayn nos interrompeu. - um Dominador de Água numa tribo qualquer não seria caso de sequestro?
-Sim. - Concordei. - Mas não se ele tiver nascido lá.
-Como acha que um Dominador de Água nasceria numa Tribo do Ar?
-Boa pergunta, Zayn... boa pergunta.
Tamborilei os dedos na mesa por cinco minutos, pensando, até Liam cortar o silêncio.
-Anne, treine-o. Podemos pedir os médicos em troca disto.
-Mas nem eu mesma sou tão boa Dominadora, contando que não tenho muito tempo. Não sei nada de defesa, só ataque.
-Quantos truques de ataque tem nas mangas?
-Muitos.
-Ótimo. Ensine-os. Quantos sabe de defesa?
-Uns cinco...
-Dá para o gasto. Ensine ataque pra ele.
-Tudo bem...
-Vou redigir outra carta. Espere aqui.
Ele saiu do cômodo e só voltou 10 minutos depois com um papel na mão.
-Aqui está. - Disse.
Li toda a carta. Achei plausível nossos pedidos, já que eles pediam  um Dominador e suprimentos, em troca do que quiséssemos, e queríamos médicos e recursos financeiros.
Assinei no rodapé e entreguei-a à Liam.
-Aqui está. Perfeito.
-Então está resolvido.
-Sim. E esta reunião está acabada.
-Sim, senhorita. - Ele riu, pois nós éramos muito íntimos pra ele ser cordial. Eu também ri.
Saí de lá com Zayn e consegui ver o mensageiro do Ar esperando, enquanto uma aldeã lhe dava água e comida, e também para o cavalo.
Fui até ele e entreguei a carta.
-Quando estiver descansado, senhor, poderia levar nossa resposta à Conselheira do Ar? - Pedi, mas claro que para ele é uma ordem.
-Sim, senhorita. Irei imediatamente.
-Oh não. Vá quando estiver descansado. Eu insisto.
Ele sorriu pra mim.
-Obrigado, senhorita. É muito generosa para com um mensageiro simplório.
-O senhor é importante, senhor. E todos os humanos devem ser tratados igualmente. - Virei para a aldeã, reconhecendo-a. - Aline, poderia levá-lo à nosso hospedeiro? Cuide para que seja bem tratado.
-Claro, Anne.
Sorri pra ela, desejei-lhes bom dia e saí. Na margem do lago, sentei com Zayn.
-Você é realmente muito boa.
-Só sei como tratar um igual.
-E isso é impressionante. Muitos não sabem, e isso os torna idiotas.
-Concordo... Acha que eles virão ainda hoje?
-Não sei. O mensageiro já partiu. Realmente não parecia cansado. Mas o vi comer um pouco e beber algo.
-Será? Me parecia pálido.
-Bem, mensageiros, mesmo em tribos aliadas, não se sentem muito bem. Não podem Dominar e não sabem se proteger bem, então não se sentem seguros. Lembro-me da primeira vez que saí da minha Tribo. Havia fugido de raiva. Nunca mais fiz isso sem treinar, antes.
-Hahaha.
Com o sino tocando para avisar hora do almoço, fomos para o Refeitório. Lá, Jake vem até mim novamente.
-Obrigado por me fazer dormir ontem, Anne. Tive um lindo sonho.
-Oh, Jake, isso é maravilhoso.
-É sim, por que foi com você.
Owwwnnn, eu vou chorar com esse menino, meu D'us.
-Own, Jake, que lindo!
-Quer que eu te conte?
-Mesmo? Pensei que sonhos não se realizavam quando nós os contamos.
Seu rosto fica ligeiramente triste.
-Suponho... que ele nunca vá se realizar, Anne.
Me abaixo e fico com os olhos na altura dos dele.
-Você, Jake, é um garoto excepcional, e sim, pode realizar qualquer sonho seu.
Ele senta, e soube que decidiu que vai me contar mesmo assim. Fico ajoelhada em sua frente, e Zayn fica em pé atrás de mim.
-Sonhei com você casada com um cara loiro. Ele tinha olhos castanhos e... não me lembro direito, mas vocês estavam felizes juntos. Você estava saindo da Tribo com ele, e achei que fosse me deixar.. - ele deixou rolar uma lágrima e quase o interrompi, mas ele logo continuou:- mas então você virou pra mim e me viu olhando vocês. Você olhou nos olhos do seu marido, que fez "sim" com a cabeça e veio até mim. Eu não sabia o que você ia fazer, mas quando você chegou, eu a abracei e disse que estava feliz por você.
"Você agradeceu e me abraçou também, e disse que queria algo. Quando perguntei o que, você sorriu e disse  que queria que eu fosse seu filho, que você queria me adotar."
Enquanto ele contava, rolaram lágrimas dos meus olhos também. Ele prosseguiu, ignorando-as.
-Eu não sabia o que dizer, e fiquei parado, achando que estava sonhando - bem, estava, mas você entendeu. Quando seus olhos bateram com os meus, eu percebi que já havia dito sim, e você me carregou. Vivemos numa casa em Madri, a cidade que você mais quer conhecer. E eu não tinha... os meus problemas, Anne. Nenhum dos três.
-Oh, Jake. - Eu o abracei. - Não sei o que dizer.
-Não chore. Eu só quis dizer que te amo muito.
-Eu também te amo, meu lindo. Te amo muito. E nunca, nunca mesmo, eu vou te abandonar.
Ele me abraçou. O abraço dele era sempre o que eu mais queria. Nunca sabia quanto tempo ele ainda tinha, e não queria descobrir.
Levantamos em silêncio e fomos comer. Uma garota, chamada Kayla, veio até mim quando terminei.
-Canta hoje?
-Gostaria que eu cantasse, querida?
Outras crianças atrás dela - e Jake - disseram ao mesmo tempo:
-Siim.
Ri e me levantei.
-Ok, então. Vou pegar meu...- Mas antes de terminar, Jas estava com um violão em minha frente.
Sorri e agradeci, sentando para afinar o violão.
-Música nova! - Ouvi alguém gritar.
-Muito bem, então. Vi uma nova na internet alguns dias atrás, acho que vocês vão gostar desta. Não sei quem canta, é acústica e ele não é famoso, mas toca muito bem.
Comecei à tocar, e todos me ouviam. Notei a porta ser aberta, mas só olhei para as crianças.
"There's a dream in my soul
A fire that's deep inside me
There's a me no one knows
Waiting to be set free
I'm gonna see that day
I can feel it, I can taste it
Change is come my way"
Quando cheguei ao refrão, ouvi uma voz cantando, que continuou comigo a música.
I was born to be somebody
Ain't nothin' that's ever gonna stop me
I'll light up the sky like lightning
I'm gonna rise above
Show 'em what I'm made of
I was born to be somebody
I was born to be...
And this world will belong to me
This life can kick you around (woah)
This world can make you feel small (wooh)
They will not keep me down (woah)
I was born to stand tall
I'm goin' all the way
I can feel it, I believe it
I'm here, I'm here to stay
I was born to be somebody
Ain't nothin' that's ever gonna stop me
I'll light up the sky like lightning
I'm gonna rise above
Show 'em what I'm made of
I was born to be somebody
I was born to be...
And this world will belong to me
Feel it
Believe it
Dream it
Be it
I was born to be somebody
Ain't nothin' that's ever gonna stop me
I'll light up the sky like lightning
I'm gonna rise above
Show 'em what I'm made of
I was born to be somebody
I was born to be...
And this world will belong to me
Oh, oh, oh, oh
And this world will belong to me
Ye-ah, ye-ah, ooh
And this world will belong to me
Não deixei de olhar as crianças momento algum, mas quando terminei, virei pra porta. Haviam três caras com aquelas túnicas que Zayn usou ontem antes de me conhecer, junto ao Amuleto - Liam.Olhei o que estava cantando e notei que ele sorriu. Depois me levantei, deixando o violão com Miley, e indo até eles, com Zayn atrás de mim. O garoto da frente tirou primeiro. Notei que antes de sorrir, estava com a cara fechada e rabugento. Como Zayn havia dito. Mesmo assim, fiquei espantada em ver quem era.-Justin...- Sussurrei, e Zayn  me deu um cutucão. Céus, meus modos! - Perdão.. o senhor é o Dominador mencionado na carta? - Consegui sorrir. Justin notou que fiquei surpresa, mas ele estava tanto quanto eu e um dos caras atrás dele teve que cutucá-lo também.-Sim, senhorita, sou eu.  - Ele respondeu, também rindo. - Se me permite dizer, tem uma bela voz.Os caras atrás dele deram um risinho.-Agradeço. - Sorri.- Por favor, fiquem à vontade. - Virei pra Liam:- Mande arrumar a cabana, por favor. - Liam assente e sai. -Perdão. - Digo à Justin. - Não era de meu conhecimento sua chegada hoje.-Peço desculpas pelo susto. Eu também não tinha conhecimento até nossa Conselheira nos falar. Mandou-nos vir o quanto antes.-Suponho que estejam cansados, a viagem não é fácil.-Um pouco, mas nada que mate.-Estejam à vontade para se servir, o almoço começou somente à alguns minutos. Ouço um sino.-Zayn, pode ver a colheita, agora? - Pedi, virando pra ele.-Como desejar. - Ele baixou a cabeça e saiu dali.Vi Justin soltar um risinho.-Com sua licença, senhorita Vincent, gostaria de falar com a Conselheira sobre os termos das cartas. - Justin pediu.-Bem, é comigo que o senhor deve falar, senhor Bieber.
Ele me olhou, confuso.
-Perdão?
-Sou a sub-Conselheira desta Tribo, senhor Bieber. Minha mãe não está com capacidade para atarefar-se deste lugar, infelizmente.
-Entendo. Sinto muito por minha petulância.
-O senhor não foi petulante. Mas deixemos isso para depois. Sirvam-se, por favor.
Eles comeram algo, percebi que Justin estava mesmo com fome, mas estava formal demais, e isso me deixava inquieta. Notei que os outros dois eram seus Protetores pela força dos braços.
Zayn voltou em seguida, sem ver Justin e os outros.
-Anne, temos uma boa notícia.
Virei-me pra ele.
-Diga. - Sorri.
-A colheita está nas melhores condições dentre todos os meus 3 anos aqui, e tem muita. Tudo o que você implantou para afastar pássaros e outros bichos indesejáveis, tudo isso funcionou, e não perdemos uma fruta sequer.
-D'us, isso é maravilhoso, Zayn.
-Já temos boa parte madura e estão colhendo e preparando o solo para replantio. Deve ter comida para três meses, ali, Anne.
-Retiro o que disse: não é maravilhoso, é perfeito.
Eu o abracei com a felicidade, e ele retribuiu.
-Anne, isso quer dizer que eu posso comer maçãs hoje? - Ouvi e me virei pra ver um Jake muito sorridente.
-Sim, querido.
-Obaa! - Ele pulou no meu colo e eu o abracei.
Eu estava abraçada com Jake, e Zayn me abraçou de volta. Jas depois me diria que parecíamos uma família linda, e me faria chorar ao lembar do sonha de Jake. Mas me soltei e acompanhei Justin e seus Protetores para fora dali, com Jake segurando minha mão e Zayn ao meu lado.

Jake saltitava feliz, e eu ria quando fazia alguma gracinha. Percebi Justin me olhando, mas ignorei.

*POV Justin*
PERFEITA! É só isso que tenho à dizer sobre Anna: PERFEITA!
Educada, simpática, fofa, gentil, gata, gostosa, ama crianças, músicas e fotos... ela é digna de ter BIEBER no final do nome.
Notei Chris me olhar com raiva quando eu olhava Anne, mas ele ficou calado. Não sei o que ele estava pensando, mas foda-se.
Vê-la com o tal do pequeno Jake... nossa, isso me fez lembrar Jaxon e Jazmyn... A saudade que me bateu deles foi forte, e por muito pouco Anne não viu a lágrima que rolou de meus olhos.
Mas, primeiro, minha manhã.
Acordei com o sol batendo na minha cara, ou seja, muito cedo, e não consegui dormir novamente. Soube que mesmo que a Tribo da Água não aceitasse, mamãe ia me mandar lá falar com eles, negociar. Arrumei uma pequena maleta com umas roupas e coloquei minha túnica. Na sala de minha cabana, Chris dormia e Ryan lia uma revista.
-Vá dormir, Ryan. - Falei baixo, pra não acordar Chris.
-Sabe que não vou.
Dei um tapa na cara dele e saí, mas ele me seguiu. Sabia que faria isso, então não reclamei.
-Por que está de túnica?
-Mamãe vai nos mandar pra Tribo da Água. Espere e veja.
Fui até a sala dela, e ela sorriu.
-Bom que está pronto, mas como...
-Conheço você, sei que ia nos mandar. Estamos só esperando Chris acordar.
-Tudo bem, deixem-no dormir mais uma hora, e então vão.
-Ok... - Estava saindo, mas ela me chama.
-Justin?
-Hum?
-Venha cá, por favor.
Fui até ela, e ela me abraçou. Senti seus soluços - ela estava chorando.
-Desculpe, amor, desculpe mesmo... Não queria te mandar, mas você precisa...
-Mãe, eu não preciso.
-Sim, Justin, precisa. Um dia você vai entender, mas... por enquanto, só me escute, ok?
Me separei dela e saí batendo a porta, ignorando suas fungadas quando me chamava.
"Um dia você vai entender"... AH PORRA, UM DIA O CARALHO! Eu entendo tudo aqui, mas NÃO preciso de uma porcaria de um treinador de Dominação.
Fique Dominando por algum tempo, atacando algumas árvores, até que vi o relógio.
-Ryan, acorde Chris e se arrumem. Depois pegue os cavalos. Estamos de partida.
-Ok.
Ele saiu, me deixando treinar à sós. Eu era do Ar, mas o que me acalmava era a Água. Sentia-me bem perto de um rio ou lago, e surfava muito bem. Mas não me sentia assim em um avião. Deveria, mas não sinto. E isso me deixava com mais raiva.
Soquei a terra ao meu lado e golpeei uma árvore com a água.
-Por que, porra? - Gritei.
Senti uma mão em meus ombros, depois uma  virada brusca e um tapa na cara.
-Idiota! Pare de matar nossas árvores. - Chris me disse.
Me soltei dele e relaxei.
-Tem razão, desculpe. - Suspirei.- Vamos, vamos logo. Quero sair daqui...
-Correção...?
-... de perto da minha mãe.
Como ele sempre sabe quando quero dizer algo diferente do que eu disse? Ele sempre sabe, é incrível. Só falta ele ler mentes...
Fomos à minha cabana e peguei a maleta. No portão de saída, Ryan esperava com três cavalos. Subi com minha maleta, e ouvi alguém me chamar.
-Justin, espere.
 Desci do cavalo, reconhecendo sua voz. Virei-me para Caitlin na hora que ia pular em meu pescoço, e lhe dei um forte abraço.
-Vou sentir saudades. - Ela sussurrou em minha orelha, me dando certo arrepio.
-Também, Catty. - Sério? Faz anos que não a chamo assim! Ela se arrepiou.
-Não faz isso comigo... faz anos..
-Eu sei. - Coloquei o indicador em seus lábios. - Mas agora preciso ir. Últimas palavras?
Claro que não. Palavras não são o forte dela. Ela me puxou e me beijou mesmo. Com todos olhando. Não me incomodo, mas ela?
Chris não me bateria na frente de todos, por isso aproveitei meu último beijo com Cait.
-Tchau, Cat. - Falei ao nos separarmos, e subi no cavalo. Ele me deu algo.
-Leve-o com você. Não se esqueça de nós.
Consegui rir.
-Esquecer de vocês? Nunca. Minha Tribo, meu lar, minha família. Seria um idiota se os esquecesse. Especialmente você.
Ela sorriu e vi Taylor fechar a cara com os aplausos que recebi.
Haviam vários gritos de "boa sorte" e "vai nessa, irmão". Sorri pra todos e então, partimos.
Vi o que Caitlin havia me dado: era uma corrente com o símbolo de nossa Tribo. Maravilhoso. Coloquei-a e logo me senti bem, mesmo longe de todos eles.
Chris não falou comigo a viagem toda. "Ah, não me culpe, ela quem m beijou" quis pensar, mas eu amava quando ela fazia isso, mesmo que, desde que cheguei, me sentisse mal por Anne. 
E não conseguia parar de pensar na Anne.
Quando chegamos na Tribo da Água, eu estava exausto e com fome. Era hora do almoço, e seu Conselheiro nos levou para a sala de Refeições. Devo dizer que esse lugar está muito bem conservado.
Mas fiquei muito surpreso com a garota tocando violão ali.
Não consegui acreditar que era Anne. Ela não era muda? E o que faz aqui? Não pode ser aldeã, muito menos Protetora! Dominadora é uma opção, mas...
E ouvi-la cantar... oh, era o paraíso. Sua voz era como anjos cantando acima de minha cabeça. O toque suave no violão não a fazia errar uma nota da...
Minha música!
Comecei à cantá-la antes mesmo de notar, mas ela, mesmo assustada, continuou. E quando meu viu... Oh, seus olhos... seus lindos olhos, Senhor, me olhando daquele jeito, surpresa, porém feliz.
E depois olhei que Zayn estava lá. E, pelo porte, já sabia que era Protetor dela.
Bem, voltando...
Enxuguei a pequena lágrima que deixei cair. Anne brincava com Jake, e suponho que ela não se importe que ele escute qualquer coisa, já que o está levando consigo.
Mas me enganei. Logo que estávamos perto do que devia ser a cabana da Conselheira, Jake a deu um selinho e saiu correndo, depois de Anne dizer algo em seu ouvido.
Ele era uma criança, e sei que algumas delas dão selinhos em outras pessoas... mas isso me deu um baita ciúme.
Porra, Bieber! Ciúme de um garotinho?
Entramos na sala, e Anne sentou na cadeira da Conselheira. Devo admitir outra coisa: o lugar era magnífico.
E Anne assim era ainda mais.



Oiiiiiiiiiiii, n sei se demorei mt ou não, perdi a conta do tempo, maaaas, POSTEEEEI :D
Amo vocês, anjos, comentem, pfvr :)

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