It's Not The End... Not Now 14

-Mas que merda... - Ela guinchou. - Onde estão... - Ela para quando escuta um barulho.
Olhou a escada.
-Selena?
-Kevin?
-Onde você estava?
-Quando vocês voltaram?
-Perguntei primeiro.
-"Capturada" pelo McCann.
-Dois dias.
-Onde estão Nick, Taylor, Joe...?
-Como assim? No hospital, é claro.
Selena ficou pasma.
-H-hospital?
-Óbvio!
-Mas por que?
-Por que seu namorado está pra morrer!
Ela paralisou totalmente.
-N-Nick... e-ele... vai morrer?
-Como você não sabe? Eu e Joe confiamos em você pra cuidar dele. - Ele colocou o casaco e saiu.
Selena caiu no sofá. Como assim Nick estava doente? E morrendo? Desde quando? Por que?
Ela ficou assim uma hora até alguém entrar na casa e paralisar ao vê-la.
-S-senhorita...
-Taylor! - Ela ficou de pé. - Por que você não me falou sobre Nick?
Taylor lagrimou.
-E-ele me p-pediu... m-mandou, n-na verdade... que não contasse...
-MAS ELE ESTAVA DOENTE!!! - Ela explodiu. Taylor se encolheu toda.
-S-sim... O-o senhor Joe me mandou vir para casa descansar...
-De quê?
-Eu estava com Nick no hospital... Sem dormir... olhando o soro, e...
-Nick? Que intimidade é essa?
-E-ele mandou-me chamá-lo assim... Se sente velho com senhor...
-Eu te proíbo de chamá-lo só de Nick! Não te dou essa intimidade com meu namorado.
-S-sinto muito...
-Agora chega! Faz alguma coisa pra eu comer, estou faminta. E eu quero essa casa limpa, entendeu?
-S-sim, senhorita.
Taylor foi pra cozinha de cabeça baixa. Selena viu uma lágrima em seu rosto, mas não ligou. Aquela vagabunda não lhe disse que Nick estava doente! Não mandou nenhum aviso sequer. Iria castigá-la feio depois de comer.
E foi o que fez. Taylor lhe deu seu prato e limpou um quarto pra ela, e quando voltou, Selena a mandou para o quarto vazio, vendo Taylor já se encolher.
-É nisso que dá não me falar as coisas, Taylor.
-D-desculpe...
Selena pegou o chicote.

Ele ligou.
-Alô?
-Selena????
-Joe? Ótimo, eu precisava...
-Cadê a Taylor?
-O que?
-Cadê ela?
-Trabalhando. Mandei-a limpar a casa.
-O que? Você é louca? Manda ela descansar. Mas primeiro quero falar com ela.
-Mas por que? Tá doido? Dando folga pra...
-Cala boca e chama ela, Selena.
-Arg, tá bom!
Um minuto de silêncio.
-A-alô?
-Taylor?
-Sim?
-Estava chorando?
Silêncio.
-N-não...
-Bem, olha, amanhã, quando vier, traga roupas pra deixar aqui caso o Nick acorde e receba alta. E um perfume. Ele não pode tomar banho, você sabe, e não cheira legal.
-S-sim senhor.
-Ponha no alto-falante, por favor.
Ele ouviu o barulho do botão.
-Já está.
-Selena está aí?
-Estou. - Ele a ouviu.
-Selena, eu estou mandando na sua frente que a Taylor vá dormir e é agora. Se ela sair de seu quarto antes de pelo menos quatro horas de sono, eu vou ficar puto.
Foi Selena quem respondeu.
-Entendi. Vai dormir, Taylor.
-S-sim...
Joe ouviu um botão.
-Pronto, ela já foi. Agora me fala sobre o Nick.
-Você quem devia saber! Você quem ficou com ele esse tempo todo, sua vagabunda!
-Olha aqui...
-Cala boca! Agora que eu to de volta, você não manda em mais nada! E é melhor você começar à prestar mais atenção no meu irmão! Ele dormindo se queixa de você não amá-lo! Agora deixa um quarto limpo pra Jas que ela vai voltar amanhã. E eu vou aí à noite pra ver se está mesmo. Adios.
Ele desligou.
-Ela tá em casa?
-Tá, Kevin...
-Você sabe que ela já deve ter...
-Sei. E eu vou machucá-la muito quando eu chegar lá.
-A Selena é muito..
-Má com a Tay? Ah, tu juras? . - Ironizou. - Nunca ia notar.
-É ciume.
-Claro. Descobrimos que a Tay-Tay gosta do Nick também.
-Ou mais...
-Ah, cala boca, Kevin.
-Me respeita, Joe. Só por que você gosta da Taylor, não quer dizer que ela não possa gostar de outro.
-Não, não pode...
-Você é possessivo. Assim nenhuma garota vai gostar de você.
-...
Nick se mexeu na cama e Joe pulou, mas ele só se mexeu. Joe suspirou.
-Vou tomar um ar. Cuida dele, Kevin.
-Claro.
Joe saiu do quarto e foi pra praça. Sentou num banco e respirou fundo. Pensou em tudo o que havia passado pra voltar logo pra casa. Assaltar sem Nick era um saco. Mas fora por que precisava. Alguém o havia ameaçado de matar o irmão. Teve que ir. Kevin descobriu e foi junto. Frankie não tinha ido com eles, nem a esposa de Kevin. Eles foram para o Brasil passear. Voltaram no mesmo dia pois haviam marcado pra Selena e Nick não suspeitarem. Onde foram, fizeram o trabalho que lhes foi mandado. Agora, Joe esperava a nova ameaça com medo. Se Nick morresse, sua vida ia cair pela metade. Nick o protegeu de muita coisa. Por mais que ele seja mais novo, ele quem o salvou muitas vezes. O laço que criou com o irmão era forte demais. Joe sempre fora idiota e imaturo, e teria morrido bilhões de vezes sem Nick lá para ajudá-lo.
-Fica bem, Nick... quando você adquiriu isso? Só melhora... por favor...
Um garoto parou na frente dele.
-Com licença.
-Quem é você?
-Você é Joe Jonas? Irmão de Nick e Kevin?
Joe olhou o garoto. Ele devia ter uns 12 anos. Vestia uma camisa de botões quadriculada vermelha, vinho, verde escura e branca. Não se via seu rosto pelo boné longo.
-O que você quer?
-Me pediram pra te entregar isso. - Ele deu um envelope à Joe.
-Quem pediu?
-Um cara que estava no beco ali atrás. Mas ele foi embora.
-Como ele era?
-Não sei. Ele estava no escuro. Ele apontou uma arma pra mim e me mandou entregar isso.
-... Tudo bem, obrigado.
-De nada. - O garoto se virou pra sair.
-Garoto.
-Oi?
-Cuidado. Não passe perto desses becos.
-Ok, obrigado.
Ele saiu e Joe abriu a carta.
"Olá, Joe. Bom trabalho, bom trabalho. Estou orgulhoso de você. Fiquei sabendo que seu irmão está mal. Ora, podemos nos ajudar, não? Tenho algo que pode retardar o câncer sem matá-lo ou intensificar o vírus. Só basta que faça algo pra mim... E tem haver com Jason McCann.
Veja bem: ele atrapalha muito meus planos chamando tanta atenção na TV com seus assaltos. Ele vai ficar mais calminho se algo acontecer à alguém que ele ame. Quero que vá ao Canadá e pegue um de seus irmãos. Qualquer um deles. Procure-os em Toronto. Eles tem o sobrenome Bieber, como Jason, mas não tem McCann. Repito: só um deles. Você tem três dias. Rapte um de seus irmãos e o deixe preso em sua casa, mas não o machuque muito, é criança. Vou saber quando fizer isso, então mandarei à Jason uma mensagem dizendo que eu o raptei. Então, apareça na 82 à meia-noite do 3º dia que vou mandar um subordinado lhe entregar meu remédio. Mas lembre-se: não tem muito. O remédio leva seis meses para ser feito e faz efeito por um só. Se não acreditar, pergunte à um médico quando o pegar. 
Melhoras para o Nick.
Beijos pra gostosa da Taylor."
Joe quase amassou o papel inteiro se não precisasse dele pra lembrar o local do encontro de novo depois.
-Filho... da puta...
Pegou o telefone.
-Kevin?
-Oi?
-Temos... outro trabalho.
-Mas o quê? Agora? Com Nick no hospital e... - Joe o interrompeu.
-Ele vai nos dar algo pra retardar o câncer. - Ele leu a carta inteira pra Kevin. - Entendeu?
-... Vamos, então.
-Não quero deixar a Selena com Nick.
-Entendo. Hum... Mande-a para o Japão e diga que está de férias.
-Ah tá que ela vai. - Ironizou. - Se ela estava fora esse tempo todo, tem algo planejado. Ela não vai sair agora.
-Hum... verdade. Tudo bem, são duas opções: ou ela vai com você, ou ela cuida do Nick.
-Credo, aguentar aquilo três dias?
-Prefere que ela fique com Nick?
-... Não. Vou levá-la...
-Vá pra casa e a avise sobre isso.
-Mas espere... se nós tínhamos combinado que ela não podia saber...
-Ah, verdade. - Kevin o cortou. - Tudo bem, ela vai ter que ficar com o Nick. Dê ordens bem diretas para Taylor vir vê-lo todos os dias.
-Vou fazer isso. Mas eu disse que ia lá à noite..
-Vá logo e arrume as malas.
-O que eu digo?
-... Que vai procurar uns médicos estrangeiros.
-Boa ideia. Te ligo depois.
-Tchau.
Joe desligou. Pegou um táxi e foi para um quarteirão antes de casa, andando até a mesma.
Entrando lá, estava meio silencioso. Ele estranhou demais o fato de Selena não estar gritando com alguém, mas como ele havia mandado Taylor dormir, ficou mais calmo.
Até ouvir um grito.
Subiu correndo e abriu a porta do quarto de que - provavelmente - veio tal barulho.
Taylor estava jogada no chão, sem roupa alguma, com sangue saindo das costas e da barriga, mesmo do rosto também saía, e das pernas. Ela não estava acordada, provavelmente foi um pesadelo, mas gritou.
Joe ficou púrpura de raiva.
Saiu do quarto.
-Selena! Selena, cadê você?
-Cozinha. - Ele a ouviu gritar.
Ele chegou lá e ela estava escrevendo algo em um papel. Joe o pegou sem se abalar com os pedidos dela para devolver.
-Você está armando pro McCann?
-Claro. Eu o odeio.
-Você tem a cura pro Nick?
Ela ficou notavelmente confusa.
-Nick? Eu nem sei o que ele tem, quem me dera ter a cura. - Ela ficou triste.
Joe pensou que ela estava mentindo. Mesmo assim, foi pro assunto principal.
-Quem fez aquilo com a Taylor? - Ele sabia a resposta.
-Quem você acha? A vadia estava sendo abusada demais pra uma... - Ela parou com um tapa na cara.
-Eu mandei você deixá-la descansar!
-Ela está descansando, paspalho! - Ela estava lagrimando com o ardor.
-Se você fizer qualquer outra coisa à ela, vai sofrer o triplo! Entendeu, Gomez?
-Mas ela...
Outro tapa.
-ENTENDEU, PORRA?
-E-entendi... - Ela deixou uma lágrima cair.
-E uma ordem bem direta pra você: eu e Kevin precisamos viajar pra achar um médico melhor pro Nick. Vamos ao Canadá por três dias. Eu quero que a Taylor cuide dele, entendeu?
-Mas por que eu não posso? Eu o amo e...
-Você não ama nem seu próprio rabo, Selena! Só pensa em se vingar do Jason!
-Eu amo seu irmão mais que tudo, Joe!
-É? Então como não ficou sabendo da doença?
Ela baixou a cabeça.
-E-ele não me deixava entrar no q-quarto de vez em quando. E-eu tentava, m-mas ele não deixava. Eu o ouvia tossir... m-mas ele me assegurou que n-não queria ajuda.. q-que estava bem e só t-tinha se engasgado... E-eu via Taylor sair do quarto c-com sangue na mão... m-mesmo assim ele nunca tentou me dizer... - Ela estava chorando. - E-eu juro que quis ajudá-lo... m-mas depois pensei... que ele estava me traindo com a v... Taylor...
-O Nick? Trair alguém?
Selena cobriu o rosto.
-E-eu estava com ciúme... E-ela sempre estava l-lá quando ele tossia...
-Já chega... Cala a boca.
Ela o olhou. O rosto já estava molhado e vermelho - muito vermelho - do lado esquerdo, onde ele lhe deu os tapas.
-Você entendeu que eu quero que a Taylor vá?
-S-sim...
-Se eu souber que você foi...
-T-tudo bem.. e-eu não vou. - Ela deixou mais algumas lágrimas caírem. - N-não tem nada que eu possa f-fazer?
-No momento, não. - Ele lhe deu seu papel. - Agora me explique isso.
Ela disse seus planos sobre Jason e como convenceu Josh à se juntar à ela.
-Boa... isso com o Josh foi inteligente...
-O-obrigada...
-Termina isso e faça o que quiser. Mas eu não quero ver a Taylor assim de novo. Entendeu?
-Sim, Joe.
-Ótimo.
Ele subiu novamente. Taylor estava semi-acordada e ele se ajoelhou ao lado dela, fazendo-a deitar a cabeça em suas pernas.
-Tay?
-Uh? - Ela abriu os olhos.
-Calma, vai ficar tudo bem. Vou cuidar de você.
-S-senhor Joe...
-Shh. -Ele a carregou e a levou para o banheiro do quarto, a deitando na banheira. - Você quer água quente ou morna?
-M-morna... o-obrigada... - Quando ela viu que já estava pelada, começou à lagrimar.
-Não chora... por favor. - Ele ligou a água morna, que começou à encher a banheira.
-E-está doendo, Joe... e-ela me odeia...
Ele abraçou sua cabeça.
-Ela não vai mais fazer isso. Eu a proibi.
Ela ficou espantada.
-E-ela vai pensar que eu...
-Não, não vai. E mesmo que pense, ela não vai continuar, por que, se continuar, eu mesmo vou cuidar pra que ela sofra muito.
-J-Joe...
Ele colocou dois dedos em sua boca.
-Descanse. Sei que você não gosta que eu te veja nua, então vou descer e pegar algo pra você comer, ok?
Ela sorriu, fraca.
-O-obrigada...
-Por nada. - Ele se levantou. - Se precisar de mim, é só gritar. - Ele saiu do banheiro e desceu.
Na cozinha, Selena ainda chorava, mas dessa vez, estava sentada no canto, encolhida, soluçando e escondendo o rosto. Não moveu um músculo para olhá-lo.
Joe também não se importou e fez uma sopa e cortou uns pedaços de pão, passando manteiga neles e fazendo um café. Provou e, quando sentiu muito açúcar pro seu gosto, soube que Taylor ia gostar. Subiu com o prato e o copo, os deixando na estante.
-Tay?
-Sim?
-Estou aqui, ok?
Ele sentou na cama. Ela saiu do banheiro com um vestido de ficar em casa, ainda tremendo. Joe notou suas pernas bambas e em um segundo a estava segurando.
-D-desculpa.. - Ela pediu.
-Não se desculpe. Não é culpa sua. É da vaca da Selena.
Ela se encolheu ao ouvir o nome dela.
-E Nick..? Ele...?
-Não. Eu e Kevin vamos atrás de médicos no Canadá por três dias. Você vai cuidar dele.
-A s-senhorita Selena...
-Eu a proibi também.
Ela engoliu em seco.
-Ela me odeia...
-É por que ela tem ciúme.
-C-ciúme?
-Ela acha que você e Nick estão juntos. - Revirei os olhos. - Que bobagem.
-É-é... bobagem... Nick nunca...
-Eu disse isso à ela.
-...
Joe a deitou na cama com cuidado e lhe ajudou à tomar a sopa. Ela acabou rindo.
-Não era eu quem devia fazer isso?
-Aproveite que a pessoa gostosa aqui está quase ficando de bom humor. - Joe também riu.
-Ok.
Depois de tomada a sopa, ela dormiu nos braços dele. Selena, quando entrou, ficou espantada, mas logo saiu, pois Joe a mandou arrumar duas malas pequenas para ele e Kevin.
Ele suspirou.
-Vou sentir sua falta, Tay...
Ela se moveu, aconchegando-se em seu corpo, mas não acordou. Mesmo assim, Joe sorriu.

Merda, merda, merda!, pensou.
Jason havia olhado de longe o local em que o bilhete os mandou ir. Sabia que os parceiros ainda não haviam voltado para casa, mas deixou o bilhete lá caso ele não voltasse.
Vai logo lá, McCann.
-Mas não tá em hora nem dia... Se eu chegar lá antes, eles podem machucá-la...
Ele ouviu o barulho de um carro e virou para trás. Duas ferrares pretas e blindadas vinham entrando. O portão brando gigante foi aberto, e Jason se esgueirou por ele e se escondeu nos arbustos do jardim florido e bem-cuidado. Foi até uma das janelas e viu uma sala clássica bem arrumada, com dois sofás brancos de couro, paredes brancas com cópias caras de quadros famosos, mesa de centro de vidro preto em contraste, um vasinho com uma flor vermelha em cima, carpete indiano simples e escadarias de mármore branco com pintinhas marrons e pretas.
É, Niall tem classe. Se for o mesmo Niall...
Olhou outra janela. A cozinha era bem parecida. Ele gostava de branco, pelo visto. A geladeira era de metal claro e espelhado, a pia era de mármore com armários bege-claros, os talheres que estavam secando eram de metal ou prata - Jason não identificou bem à distância. O piso de lajotas também era claro, mas não se via sujeira alguma nele.
Jason ouviu um barulho e alguém entrou no cômodo. Não era ninguém que conhecia. Era uma garota bonita, na verdade. Ruiva de olhos claros - não conseguiu ver se verdes ou azuis -, magra e de altura mediana. Tinha um rosto de bebê e estava vestida como faxineira do século XVII. Ela estava com um aspirador de pó ligado nas mãos, e o passou por toda a cozinha.
Alguém entrou atrás dela, mas não virou para a janela, nem ficou de lado. Era um garoto da altura de Zayn, mas louro - ou quase - e branco. Ele segurou o braço da garota e falou algo que não se ouvia pela janela fechada, e a beijou. Jason não viu necessidade de continuar vendo a cena e mudou de janela. Estava à esquerda da casa, agora. Era um quarto evidentemente masculino: cuecas jogadas no chão, camisinhas transbordando do lixo, roupas sujas na cama, bolas de basquete e futebol espalhadas, posters de modelos famosas gostosas e de jogadores de footbal, fazendo jogadas inesquecíveis até para Jason.
-Que coisa. Até o quarto do Ryan é mais arrumado que isso, e ele não arruma faz uma semana. Imagino o cheiro que está essa zona.
Ele ouviu algo que estava evidentemente descendo as escadas. Era como baques altos. Voltou à olhar a janela da sala, e duas pessoas de lado desciam com malas sem se preocupar em carregá-las. Estavam vazias, mas Jason notou que o peso delas sozinhas era suficiente pra fazerem estrondo. Um garoto tinha tanto cabelo que não se via os olhos, mas tinha um queixo arrebitado e mais ou menos sua altura. O outro tinha uma franja curta, mas Jason não conseguiu reconhecer, mesmo o cara estando de lado, pois estava mais longe que o outro e não olhava a janela.
O que estava na cozinha saiu de lá ainda de costas e disse algo à eles, que assentiram e subiram de novo.
-Mas que diabos...?
Jason viu a ruiva sair da cozinha com quatro pães e dois copos de água. Ela subiu as escadas e ouviu-se o som de uma porta batendo.
Jason olhou pra cima.
-Esses entalhes da casa são perfeitos. - Ele se segurou neles e impulsionou o corpo, escalando até o segundo andar.
Viu uma cadeira de rodas parada na frente de um quarto fechado e se perguntou como essa pessoa descia, até olhar o meio do corredor. Havia um pequeno elevador para caber o tal cadeirante e uma pessoa bem gorda.
A ruiva saiu de um quarto sem os pratos e copos. Jason se esforçou pra não cair dali, pois os entalhes eram bons, mas pequenos, e se arrastou para o lado da casa. Contou duas janelas e parou na segunda. O quarto estava escuro, mas era óbvio o que se passava ali. Jason respirou forte e resvalou, conseguindo se segurar no último instante e se firmar novamente.
Elly e Zayn estava presos em uma parede de metal que ele julgava estar fria com a falta de luz, somente com roupas de baixo, os braços e pernas esticados nas diagonais. Estavam de cabeça baixa. Zayn parecia falar algo, e logo ela o olhou. Jason viu seu rosto preocupado, mas não consigo mesma; com Zayn.
Com dificuldade, puxou o celular  do bolso e digitou com uma mão uma mensagem. Não importava para quem da equipe ele mandaria. Pegou o primeiro contado pela ordem alfabética dos amigos: Caitlin.
Quando guardou o celular, sua cabeça fez uma pequena sombra no local, e Zayn o olhou diretamente nos olhos. Havia um pedido naquele olhar; "tire Elly daqui. Tire-a e a esconda".
Eleonor o olhou em seguida. Sua cara de espanto foi tal que ela teve de respirar com força.
Jason ouviu um estrondo. Sabia se tratar de um tiro.
Até que sentiu a dor o tomar, e caiu, sua última visão sendo Elly espantada e sua boca formando um grito.

-Jason já voltou? - Chris perguntou.
-Não. Nenhum de vocês esteve aqui desde que saíram. - Carol respondeu. - Alguma novidade?
-Não. - Ryan disse. - Caitlin e Chaz estão em nossa casa, checando de quem era o sangue nos quartos. Mas não era de Elly, nem Zayn. Sem novidades. Cadê sua mãe?
Carol ficou calada, parecendo pensar sobre isso.
Uma batida na porta a fez pular. Ela foi até lá. Abriu a porta com cuidado e viu quatro policiais.
-Pois não?
-Senhorita Lúcia, soubemos que tem sido mantida refém de uma gangue de ladrões. Sua mãe fez uma queixa à pouco. Viemos fazer-lhe um questionário, agora que está livre. - Um deles disse.
Ela ouviu passos se afastando e soube que os meninos tinham ouvido tudo e iriam sair da casa.
-Ah... b-bem, não é um assunto que eu goste de falar, mas... -Ela abriu a porta. - Por favor, entrem. Gostariam de um chá, ou um suco?
Nenhum deles quis nada. Sentaram-se na mesa da cozinha, de modo que Carol  via a escadaria da casa, e eles ficavam de costas ou de lado.
-Pode nos descrever o rosto de seus raptores, senhorita? - Um deles perguntou.
Ela olhou pra baixo.
-N-não lembro bem... e-eles estavam sempre no escuro e... e me mantiveram vendada boa parte do tempo...
-Sabe por que a soltaram?
-N-não... talvez pra assustar minha mãe... pra ela saber que podem me pegar de novo.
-Tem alguma ideia de seus nomes? - Outro a olhou.
Ela viu Chris e Ryan a olhando da escadaria. Soube que eles estavam dizendo pra não falar de Elly, ou Niall e seja lá quem mais podiam machucá-la.
-Eles se chamavam por codinomes. Eram como jogadores de vídeo-game. P1, P2.. ouvi até o P5, mas suponho que haviam mais. O lugar, seja onde for, tinha muito barulho de passos. Ouvi cachorros também... três ou quatro. Pelo volume, suponho que o local ou era bem fechado ou era alto.
-Tem ideia do tempo que levou pra chegar ao local?
-Eles me doparam, mas quando acordei, ainda sentia o movimento de um carro. Provavelmente é longe e vazio, pois não se ouvia carros nas ruas.
-Mencionaram algum local ou hora? - Um terceiro perguntou.
-Ouvi dizerem que iam voltar à Los Angeles em alguns dias, mas não quando.
Chris e Ryan se olharam. Carol pensou que isso queria dizer que estava fazendo um bom trabalho.
-Voltar, hã? - O quarto se pronunciou. - Vamos avisar a polícia de L.A. para se prevenirem. Algo mais à acrescentar?
Ela olhou os meninos e os policiais, depois o chão, e chorou.
-Não deixem isso acontecer de novo... por favor... e-eu...
Alguém bate na porta de novo.
-C-com sua licença.
Ela levanta e vai até lá. Era ele.
-Boa tarde, minha flor. - Mike, um cara louro de olhos castanhos, alto e moreno, lhe beijou a bochecha. - Por que estava chorando?
-Entre...
Ela fechou a porta atrás de si e o levou pra onde estava com os policiais.
-Desculpem interromper... - Ela disse.
-O que está havendo aqui? - Mike perguntou.
-Seu namorado não estranhou sua falta? - Um deles perguntou.
Quando Mike ia dizer algo, ela chutou seu pé por baixo da mesa.
-E-ele não é meu namorado.. minha mãe deve ter dito algo à ele para não preocupá-lo.
Os policiais se entreolharam e deram de ombros.
-Compreensível. - Ele levantou. - Obrigado por sua ajuda e sinto termos tirado seu tempo.
-N-não tem problema... eu quem agradeço.
Ela abriu a porta pra eles e só a fechou quando a viatura virou a esquina. Chris e Ryan apareceram, dando um pequeno susto em Mike.
-Boa! - Chris disse.
-Você precisa entrar pra equipe. - Ryan elogiou.
-Calem a boca! Eu os protegi por que sei que eles não vão ajudar em nada pra achar minha irmã. - Ela virou furiosa.
-Claro, policiais fodem  com tudo e não fazem nada. - Chris deu de ombros.
-Eu juro que se não precisasse de vocês, os teria entregado.
-É, e nós íamos escapar de novo. Carol, seja razoável. Somos os melhores.
-Carol? - Ela ouviu a voz de Mike. Virou-se pra ele.
-Eu explico depois...
-Espera, depois nada. Quem são eles? O que houve com sua irmã? Por que tinham policiais aqui? E por que ele te chamou de Carol?
Chris tapou a boca ironicamente, fazendo uma cara de santo fingida.
-Opa. Estraguei seu disfarce. - Ryan riu quando Carol o fuzilou com o olhar.
-Disfarce? - Mike estava cada vez mais confuso, e evidentemente não estava gostando.
-Michael, eu vou explicar tudo. Eu só quero que vocês dois saiam daqui! - Falou pra Chris e Ryan.
-Ui, ela quer que a gente saia. - Ryan fingiu medo.
-Vou morrer por isso. Mas é bom irmos mesmo. McCann vai gostar se acharmos a Selena pra ele.
Ryan deu de ombros.
-Boa ideia.
Eles saíram da casa rindo, sem se importar com a raiva que Carol os olhava. Ela caiu no sofá, cansada, e, dessa vez, chorando de verdade.
Mike sentou ao lado dela, mas não a abraçou.
-Lu...
-Não quero te meter nessa confusão.
Ele levantou seu rosto.
-Eu quero.
-Mas é perigoso, Mike...
-Eu não ligo. É menos um segredo entre nós. Não quero que haja nenhum.
-Mike...
-Por favor, Lu. Ou Carol. O nome que você tiver.
Ela suspirou.
-Minha irmã foi raptada de novo. O próprio meio-irmão dela quem a levou da primeira vez, a estuprou, e, agora que ela estava de volta, sumiu de novo. Aqueles dois garotos são bandidos de Los Angeles, de onde viemos, todos nós. Não sei explicar essa coisa de "equipe" que eles tem. Minha irmã fazia parte deles, mas, quando bateu a cabeça e perdeu a memória, nós a trouxemos pra cá. Mudamos de nome, vida, tudo. Para protegê-la. Mas Jason a achou...
-Jason McCann? O mais famoso criminoso de todo os Estados Unidos?
-Sim... ele é, ou era, namorado dela. Agora, ele a está procurando de novo. Mamãe está trabalhando.. ou pensei que estava...
-Mas por que não deixa a polícia ajudar?
-Nós, adultos, somos muito pé-no-chão, Mike. Não pensamos em possibilidades que sejam impossíveis demais. Eles não. São crianças. Tudo é possível, pra eles. Se até agora a polícia nunca os pegou, eles sobrevivem mais um tempo pra poder achar minha irmã. Depois disso, pode ter certeza de que vou entregá-los.
-Lúcia, você acabou de mentir pra polícia! Você vai presa também.
-Eu sei... mas minha irmã vai estar a salvo.
-Não tenho como namorar uma garota que está na prisão.
Carol o olhou, surpresa.
-M-Mike...
Ele a beijou.
Mesmo surpresa, ela não pode se afastar. Mike a havia convidado pra sair à muito tempo. Ficaram amigos e próximos. Ela gostou dele. Gosta. Puxou sua nuca, o trazendo pra perto, enquanto ele puxava sua cintura. Logo ele colou sua testa à dela, afastando um pouco os lábios, mas sem soltá-la.
-Me deixa fazer parte da sua vida. Por favor. Namora comigo?
-Quer mesmo entrar pra uma vida em que ter ladrões como companheiros é normal? Em que pode perder a vida à qualquer instante por causa de rixas?
-Quando isso não acontece? Lu...
Ela colocou a mão em sua boca.
-Carol. Carolina Skywalker.
Ele sorriu.
-Namora comigo, Carolina?
-Claro que sim.

Ela acordou com fome. Viu Chaz deitado ao seu lado, ainda despido, o rosto de anjo virado pra ela. Seu braço passava por cima de seu corpo, puxando-a para perto. Ela sorriu e beijou seu nariz.
Devagar, tirou seu braço dali e saiu da cama. Pôs uma calça de moletom e uma blusa qualquer do armário e saiu do quarto.
Na cozinha, fez um sanduíche de frango e queijo. Sentou pra comer com um suco quando Chaz aparece de calça, com o cabeço bagunçado e cara de sono na porta do cômodo.
-Tudo bem? - Ele perguntou.
-Só fome. Desculpe se te acordei. - Ela disse. - Quer um sanduíche?
-Eu faço, não se preocupe. - Ele foi pra geladeira. - Alguma notícia do pessoal?
-Até agora, nada. Eles deviam voltar logo. São quatro da tarde e eles tem que dormir pra irmos ao encontro de Niall amanhã.
-Tenho que concordar. - Ele cortou o dedo sem querer e o colocou na boca pra estancar o sangue. Caitlin foi até ele e o abraçou por trás.
-Deixa que eu faço. Você ainda está com muito sono.
-Não quero te dar trabalho. Coma em paz.
-Você não é um trabalho pra mim.
Ele virou o quanto pode da cabeça para olhá-la; o que não foi muito, contando que ela o impedia de se mover, pois o encostava na bancada da cozinha.
-Não se preocupe, ok? Foi só um corte. Já estamos acostumados com isso.
-Eu sei. Mas não quero que tenha a chance de você deixar essa faca cair no seu pé e cortar uma veia importante.
-Quanta confiança em mim. - Ele riu.
-É por que está com sono, fique calado. - Ela mordiscou sua orelha.
-Não quero ser um inútil pra você, Cay.
-Você não é.
Ele tirou seus braços de torno de si e se virou pra ela, apoiando-se na bancada novamente.
-O que eu sou pra você, Caitlin?
Ela o olhou.
-Como assim?
-O que você pensa de mim? Que sou só um amigo, um parceiro de equipe, parceiro sexual... o que eu faço de importante na sua vida?
Caitlin estava surpresa. Ele era só um parceiro de equipe... não era?
Baixou o olhar.
-E-eu não sei... o que você quer ser?
Ele a beija e a carrega, colocando-a em cima da bancada e a puxando pra perto.

-Eu quero ser... - Beijou seu pescoço. - alguém importante. - Beijou a bochecha. - Namora comigo, Caitlin? - Beijou seu pescoço de modo que ela sentiu arrepios percorrerem todo seu corpo.
-C-Chaz... - Ela gemeu com a boca do menino em seu pescoço.
-Por favor, diga que sim. Diga que posso te fazer feliz. - Ele fez carinho em suas coxas. - Seja minha, Caitlin, pois eu já te pertenço. Eu quero acordar ao seu lado, ver seu rosto de anjo e seu sorriso, sentir seu corpo no meu, seu calor, você. Caitlin Victoria Beadles - Ela tremeu. - você me permite ser seu homem, seu escravo, seu amor?
Ela ia responder quando Chris entra na cozinha.
-McCann e um número desconhecido te mandaram mensagens, irmãzinha. - Ele olhou Chaz com um pouco de raiva. - Olha, transem o quanto quiserem, mas façam isso no quarto, e não onde comemos. Na verdade, ia preferir que parassem com isso.
-Você não tem o direito de pedir isso. - Caitlin resmunga, o olhando feio.
-Por que não? Eu não fico aí transando com qualquer um que aparece na minha frente.
-É, é com qualquer uma, você tem razão.
-Eu não. Me concentro no que tenho que fazer. Abre logo essas porras de mensagens.
-Abre você, caralho.
-Tem senha nessa bosta, se não eu tinha aberto mesmo.
Ela revira os olhos com raiva. Chaz a solta e ela pega o celular da mão do irmão, abrindo as mensagens.
E empalideceu.

Ela acordou e não conseguiu ver nada na escuridão do quarto. Notou uma faixa de luz fraca saindo de trás da cortina fechada, e supôs que a noite fosse chegar logo. Quando foi se mexer, sentiu braços ao redor de seu corpo, e ouviu uma respiração compassada e calma, que batia em seu pescoço e lhe dava arrepios. Olhou o corpo, sentindo o cabelo enrolado lhe fazer cócegas na testa e soube que era Joe.
Ele realmente não desistiu de cuidar de mim.
-Mesmo eu sendo só uma empregada... - Ela murmurou sem querer. Joe se mexeu.
-Tay? - Sua voz estava rouca de sono.
-Desculpe lhe acordar... - Ele colocou o dedo em sua boca.
-Como está se sentindo? Está doendo, ainda?
-Um pouco... ok, bastante... mas estou bem.
-Precisa que eu faça algo? Qualquer coisa?
Talvez, se você parar de dar em cima de mim, já que eu gosto do seu irmão.
Mas ela precisava de um abraço, e foi o que pediu.
Joe a colou em seu corpo enquanto a abraçava, e beijou sua testa.
-Não vou deixar acontecer de novo, princesa.
-J-Joe... estou tentando não te machucar.
Ele a olhou, interrogativo.
-O senhor me elogia, me beija e me acalma quando preciso. Mas não tento lhe dar esperança. Eu...
-Gosta do Nick. É, eu sei... quando gostamos de alguém, essa pessoa gosta de outra. -Ele suspirou. - Já me acostumei com a dor.
Ela baixou a cabeça.
-É... eu também...
-Não quero que você sofra. Eu odeio a Selena. Faria o  que pudesse pra Nick gostar de você.
Ela o olhou, espantada.
-O-oque?
Ele deu de ombros.
-Se ele não fosse sofrer com a morte dela, eu a mataria. Você e ele poderiam ficar juntos. Assim, os dois estariam felizes. Você  pode estar com outro cara, seja ele meu irmão ou não, mas se estiver feliz, eu também estarei.
Taylor sentiu uma dor no coração. Ele não podia estar falando sério! Podia?
-Joe...
-Não precisa dizer nada. Só descanse pra essa dor passar. A noite está caindo. Amanhã, viajarei com Kevin atrás de um médico pra Nick. Cuide dele.
-... vão voltar logo?
-Três dias, no máximo. Por que? Vai sentir a falta da gostosura aqui? - Ele riu.
-Acho que Nick melhora quando estão por perto.
-Por que acha isso?
-Quando vocês entraram no quarto dele no hospital, ele pareceu... sei lá... mais vivo. Ganhou um pouco de cor.
-... farei o possível para voltar logo. Se não acharmos o médico em três dias, voltaremos, e eu mando só o Kevin atrás de outro. Ou só eu. Qualquer um.
-Ok... queria que ele nunca tivesse ficado doente.
-É, Tay-Tay... eu também queria.

Barack Obama acordou dois minutos mais cedo aquele dia. A noite não podia ter sido menos cansativa, mas mesmo assim, ele tinha que acordar. Levantou-se da cama e olhou a janela do quarto. A cidade ficava bem calma às cinco da manhã. Fez trinta minutos de musculação, tomou banho, vestiu-se e desceu. Hoje, o café que estava à mesa era salada de frutas e vitamina de frutas.
Ele suspirou.
-Que saco... - Ele sentou e comeu.
-Bom dia. - Ele ouviu uma das mais belas vozes de toda a sua vida.
-Bom dia, amor. - Ela deu um selinho no marido.
-Bom dia, Michelle. Está particularmente bonita, hoje.
-Obrigada. Está dois minutos adiantado. Dormiu bem?
-Na verdade, não. - Ele contou uma série de fatos que o preocupavam para a mulher, que ouviu atentamente, sem interromper.
-Bem.. é realmente preocupante. Você deveria contratar mais gente.
-Talvez.. mas ninguém mais quer ser.
-Ofereça um salário maior, querido. Até por que eles estão merecendo.
-É verdade. Mas estamos com formandos em falta, Michelle. E ninguém mais quer ser policial. Além do mais, se eu aumentar o salário policial, vai sobrar menos dinheiro para o país. Estamos terminando em julho mais três escolas públicas e quatro orfanatos. Sem contar os dois asilos.
-Tudo bem, tudo bem. Foi só uma sugestão.
-Eu sei, querida. E obrigado por estar sempre se preocupando comigo. - Ele suspira. - E por cuidar das nossas filhas. Infelizmente não posso ser um pai tão presente na vida delas, e..
-Já conversamos sobre isso, Obama. Elas sabem que você não tem toda essa liberdade que parece ter. Sabem que você tenta. Elas não te julgam. Toda noite falam bem de você antes de dormir.
Obama sorriu.
-Obrigado, Michelle. - Ele limpou a boca. - Bem... preciso ir. Dê um beijo em Malia e Sasha por mim.
-Claro, querido. Bom dia pra você.
-Pra você também.
Ele foi para a garagem, onde quatro homens vestidos quase como ele, exceto pelos óculos escuros e comunicadores nos ouvidos, o esperavam.
-Bom dia, sr. Obama. - Disseram em uníssono.
-Bom dia, senhores. - Ele entrou no carro.
Mal ele sabia que estava sendo seguido ao sair da Casa Branca.

A reunião terminou só nove e meia da manhã. Estava atrasado para a inauguração da nova praça da cidade. E, mesmo assim, precisava ir ao banheiro.
-Dê-me um minuto, Charlie, vou ao banheiro.
-Sim, senhor.
Obama entrou no banheiro e foi surpreendido por uma garota mascarada com uma arma apontada pra ele, e quatro homens mortos ali.
-Tranque a porta, ou eu atiro. - Ela mandou.
-Se você atirar, todos vão ouvir.
-E você cai morto, sem dizer "adeus" às suas filhas. Tranque a porta. - Mandou novamente.
Ele se virou e trancou a porta. A garota não havia se movido.
-Muito bem, senhor Obama. Tenho um pedido à fazer ao senhor.
-E se eu disser não?
A garota tirou um iPad de dentro de um bolço gigante no moletom que ele não havia notado que existia, sem deixar de apontar a arma pra ele, e clicou em um botão, virando-o para ele ver seu conteúdo.
-Esta câmera está ao vivo. Se eu apertar aquele botão vermelho, elas já eram. As três.
Obama ofegou. Sua mulher, com a roupa que a viu nesta manhã, e suas filhas, as duas, estavam presas numa parede de metal lisa. Um cara estava colocando algo em suas bocas para se calarem. Sasha chorava muito.
A garota falou.
-Sete, dê um close no rosto das senhoritas, por favor.
Um "sim, madame" foi ouvido saindo do iPad. A câmera chegou perto do rosto de cada uma; uma mais aflita que outra.
-Bem, já viu o que pode acontecer se disser não, senhor Obama?
-O que você quer?
Ela sorriu maliciosa, e então, o mundo ficou escuro.



Oiiii. Táá mediano, mas foi o que me deu tempo de fazer ainda hoje, espero que curtam. Eu não coloquei o que aconteceu com o Jason de propósito, pois eu podia ter respondido tudo ainda nesse capítulo, muahahahaha sou má, eu sei, muahahahaha eu ia colocar o Obama mais tarde, mas estava tomando banho e pensei em como aumetar a curiosidade de vocês, e espero que tenha dado certo, pq eu sou MUITO DIABÓLICA MUAHAHAHAHAHHAHAHAHA ~risada fail~
Comentem e divulguem, amores <3 Beijos e até segunda(amanhã n, pfvr, né u.u até pq vo pra casa da minha amg fazer trabalho a tarde toda T.T )
Amo vocêês <3